terça-feira, 8 de maio de 2012

Mortalidade infantil cai pela metade



Dados do IBGE apontam queda notável, em 10 anos, do número de crianças que morrem antes de atingir 1 ano de vida

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Da redação
Com alguns números animadores, outros com pequeno avanço e dados inéditos que mapeiam a situação do País, o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) divulgou no fim do último mês os Resultados Gerais da Amostra do Censo 2010. O grande destaque ficou com a mortalidade infantil, que caiu notáveis 47,6% entre 2000 e 2010. O número de crianças que morrem antes de completar um ano passou de 29,7 para 15,6 a cada mil nascidas.

O Nordeste puxou a fila da queda, registrando 58,6% óbitos a menos, agora com a marca de 18,5. O Sul se manteve com o menor índice: 12,6. As duas regiões estão longe do patamar ideal, de países desenvolvidos, que é de apenas um dígito: 5. Apesar de as crianças brasileiras virem ao mundo mais saudáveis, com condições de sobreviver até a idade adulta, elas estão nascendo em menor quantidade. A taxa de fecundidade de 2,38 filhos por mulher, em 2000, caiu para 1,90 em 2010. A situação não é suficiente para o chamado "nível de reposição" (em 2,10, que os especialistas veem como mínimo para garantir a substituição de gerações. Curioso é que todas as regiões do País contribuíram neste item, com o Nordeste na liderança.

Para quem endossou a estatística, o cenário dos estudos dá sinais de melhora. O número de jovens de 7 a 14 anos que não estava na escola caiu de 5,5% para 3,1%. Do grupo dos que já têm mais de 10 anos, a conta de quem não tinha qualquer instrução baixou de 65,1% para 50,2%. A parcela dos que têm curso superior subiu: de 4,4% para 7,9%. O que pode ser um dos fatores para o aumento de renda – ainda que em percentuais tímidos. Da população ocupada no momento da pesquisa, o rendimento mensal ficou em R$ 1.345, contra R$ 1.275 de 10 anos antes. Um registro importante, jamais feito, foi o de pessoas com pelo menos uma deficiência (visual, auditiva, motora e mental). Segundo o IBGE, Em 2010 o País tinha 45,6 milhões nessas condições, o equivalente a 23,9% dos brasileiros.

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