domingo, 3 de fevereiro de 2013

Pastor ou magnata?

Pastor ou magnata?

Causa espécie a entrevista do pastor Silas Malafaia publicada na revista “Veja” de 6 de junho de 2012. Ela deixa a impressão de que o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo é menos pastor do que magnata. Ele diz que tem uma boa casa em condomínio no bairro Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, que “hoje deve valer uns 2,5 milhões de reais”, apartamentos (no plural) e uma casa em Boca Raton, na Flórida, “que comprei para pagar em 30 anos”, lugar onde os imóveis são os mais caros dos Estados Unidos. “No ano passado” -- continua ele na entrevista -- “ganhei de aniversário, de um parceiro, um carro Mercedez-Benz blindado” e, em 2010, “comprei um jato Gulfstream, fabricado em 1986, e paguei por ele 3 milhões de dólares”.
 
O repórter fez questão de escrever (maliciosamente ou não): “De rolex de ouro no pulso e cabelos implantados, o pastor recebeu “Veja” na sede de sua igreja”. Durante a conversa, Malafaia entrou em detalhes: “[O implante] custou 20 mil reais”, “ficou muito bom” e “fiz com o mesmo médico do Zé Dirceu [o ex-ministro José Dirceu] e do Agripino [senador José Agripino Maia]”.
 
Com referência ao seu trabalho religioso, o pastor revela: “Estou construindo uma igreja linda, com ar-condicionado, ao custo de 4 milhões de reais”; “[a Assembleia de Deus Vitória em Cristo tem] 120 templos e eu quero chegar a 5 mil em dez anos”; “[no ano passado] a igreja arrecadou 20 milhões de reais”; e “pago entre 4 e 27 mil reais [aos pastores] dependendo da força, do tempo dedicado [porque] a igreja não quer pastor maltrapilho”.
 
A pergunta que surge é: Por que isso acontece com o homem que quer servir a Deus e pregar as boas novas? Estaria ele contaminado por aquela sede de poder e de influência que muitos de nós temos? Seria uma estratégia para penetrar nas classes ricas? Para cuidar do rebanho e ganhar almas para Cristo, o pastor precisa rodar em carro de luxo e ainda blindado? Ele estaria sob ameaça de algum traficante, de algum inimigo, de algum grupo gay?
 
O estilo de Silas Malafaia não é só dele. O pastor tem a companhia de alguns outros, no Brasil e no resto do mundo.
 
Quando visitou o Brasil em março de 2012, como o principal preletor do 8º Congresso Vida Nova, para falar na Universidade Presbiteriana Mackenzie e na Faculdade e Mosteiro de São Bento -- ambos em São Paulo, SP -- e para lançar mais um livro, o americano William Lane Craig ficou impressionado com a emergência do país e com o rápido crescimento da igreja evangélica brasileira. Porém fez algumas sérias críticas: “Infelizmente o evangelicalismo brasileiro, muito comumente, é por demais emotivo, centrado em personalidade e anti-intelecutal, o que produz um grande número de desvios e faz com que a igreja penda para o evangelho da prosperidade, a heterodoxia e, às vezes, até o sincretismo, misturando espiritismo com cristianismo”. Para concluir, o visitante declarou: “A igreja brasileira precisa, desesperadamente, do ensino da sã doutrina e da apologética, se quiser concretizar seu potencial para o Reino”.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Dez faces da luta pelos Direitos Humanos no Brasil



Publicada pela Organização das Nações Unidas no Brasil, a série de entrevistas “Dez faces da luta pelos Direitos Humanos no Brasil” descreve a atuação, as dificuldades, os ganhos coletivos e o lado humano da luta de dez defensores dos Direitos Humanos, que estão sob proteção especial do Governo Brasileiro, entre eles o Juiz Gleydson Gleber, que já trabalhou em Santa Cruz do Capibaribe. Vale a pena conferir esta leitura e, assim, conhecer o trabalho de, como afirma o texto,Pessoas extraordinárias que continuam e continuarão lutando por um país mais justo, no qual os direitos universais possam ser desfrutados pela totalidade da população”.

 A publicação tem o objetivo de homenagem esses cidadãos e cidadãs e, assim, a todas e todos que defendem os direitos humanos. Boa leitura! http://www.onu.org.br/docs/defensoresdh.pdf

domingo, 6 de janeiro de 2013

Gerson Carneiro: PT contrata MacGyver para sabotar trem em SP



Se o Aranha morasse em São Paulo já estaria desempregado, decepcionado, e humilhado por Gerson Carneiro
 
Vendo Geraldo Alckmin na TV demonstrar a causa, segundo ele, da recente pane nos trens da CTPM, que paralisou todo o sistema, só pude concluir uma coisa.

O governador acredita que o PT contratou o MacGyver para sabotar os trens,  de tão criativa e improvável foi a justificativa que ele apresentou.
 
Jornal Nacional deu aquela força para corroborar a versão do governador mas a CTPM desmentiu os dois. RT @UsuarioCPTM: CPTM não cita sabotagem em relatório oficial http://usuariodacptm.wordpress.com/2013/01/05/cptm_nao_cita_sabotagem/

Quem assistiu ao Homem-Aranha sabe da dificuldade que é para parar um trem.
Se o Aranha morasse em São Paulo já estaria desempregado, decepcionado, e humilhado.
Quando eu parar meu fiéti Uno 93 em uma ladeira, vou colocar um cabo de vassoura para ele não descer, como sugeriu o governador.

Alckmin anuncia a “sabotagem”

PT contratou MacGyver: “Fica vermelho, cabra sem vergonha!”

sábado, 27 de outubro de 2012

Oração a Deus – Voltaire

Voltaire nasceu em Paris em 21 de novembro de 1694. Seu nome era François-Marie Arouet, só mais tarde adotou Voltaire. Seu legado está ligado à poesia, à literatura, mas principalmente, ao esforço de mostrar que a intolerância religiosa é perniciosa, maligna. Milhares morriam na fogueira, nos garrotes, nas forcas, nas galés imundas e ele não se conformava. Para Voltaire tais assassinatos não tinham outro transfundo senão o fanatismo. No esforço de defender as convicções do ataque daqueles que eram considerados hereges, padres, pastores, príncipes, não hesitavam em condenar ao suplício. E isso era indigno.
No final de sua obra, Tratado sobre a Tolerância, Voltaire incluiu uma prece.
Embora séculos já tenham passado, ela continua atual.
Vale repeti-la como uma oração nossa.
__________________________________________
Oração a Deus
Voltaire
Não é mais aos homens que me dirijo, é a Ti, Deus de todos os seres, de todos os mundos e de todos os tempos. Se é permitido a frágeis criaturas perdidas na imensidão e imperceptíveis ao resto do Universo, ousar Te pedir alguma coisa, a Ti que tudo criaste, a Ti cujos decretos são imutáveis e eternos, digna-Te olhar com piedade os erros decorrentes de nossa natureza. Que esses erros não venham a ser nossas calamidades. Não nos destes um coração para nos odiarmos e mãos para nos matarmos.

Faz com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida difícil e passageira; que as pequenas diferenças entre as roupas que cobrem nossos corpos diminutos, entre nossas linguagens insuficientes, entre nossos costumes ridículos, entre nossas leis imperfeitas, entre nossas opiniões insensatas, entre nossas condições tão desproporcionadas a nossos olhos e tão iguais diante de Ti; que todas essas pequenas nuances que distinguem os átomos chamados homens não sejam sinais de ódio e perseguição; que os que ascendem velas em pleno meio-dia para Te celebrar suportem os que se contentam com a luz do Teu sol; que os que cobrem suas vestes com linho branco para dizer que devemos Te amar não detestem os que dizem a mesma coisa sob um manto de lã negra.

Que seja igual Te adorar num jargão formado de uma antiga língua, ou num jargão mais novo; que aqueles cuja roupa é tinjida de vermelho ou de violeta, que dominam sobre uma pequena porção de um montículo de lama deste mundo e que possuem alguns fragmentos arredondados de certo metal usufruam sem orgulho o que chamam de grandeza e riqueza, e que os outros não os invejem, pois Sabes que não há nessas vaidades nem o que invejar, nem do que se orgulhar.

Possam todos os homens lembrar-se de que são irmãos! Que abominem a tirania exercida sobre as almas, assim como execram o banditismo que toma pela força o fruto do trabalho e da indústria pacífica! Se os flagelos da guerra são inevitáveis, não nos odiemos, não nos dilaceremos uns aos outros em tempo de paz e empreguemos o instante de nossa existência para abençoar igualmente em mil línguas diversas, do Sião à Califórnia, Tua bondade que nos deu esse instante.

Fonte: http://www.ricardogondim.com.br

sábado, 15 de setembro de 2012

Notícia sobre a saúde do Pastor João Carlos




Venho, neste momento, repudiar a atitude leviana daqueles que andam propagando em blogs e nas redes sociais a notícia de que o Pastor João Carlos encontra-se internado em uma UTI. Afirmo: TAL INFORMAÇÃO NÃO É VERDADEIRA.

Ontem, pela manhã, fiquei surpreso com esta notícia e, logo, procurei entrar em contato com o Pastor João Carlos. Ele mesmo foi quem atendeu ao telefone e conversamos por alguns minutos. Ora, nunca vi, nem ouvi falar que alguém internado em uma UTI pudesse atender ao telefone!

A verdade é que ele, de fato, encontra-se internado, recuperando-se de uma infecção. Porém seu quadro é estável e sua recuperação está dentro das expectativas médicas. Ele precisa sim das orações. No entanto, é dispensável este alarme falso de que ele está estado grave na UTI.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Número de católicos diminui e aumenta o de evangélicos, mostra Censo


O número de brasileiros que se declaram católicos continua em queda. Nos últimos 20 anos a diminuição desse contingente no total da população do país foi aproximadamente 22%. Em 1991, oito em cada dez brasileiros se diziam pertencentes a essa religião; em 2010, pouco mais de seis fizeram a mesma afirmação. Por outro lado, os grupos evangélicos, que passaram de 9% em 1991 para 22,2% em 2010, são os que mais cresceram no mesmo período. Somente na última década foi observado um aumento de cerca de 16 milhões de pessoas que se declararam evangélicas.

A constatação faz parte do Censo Demográfico 2010 – Características Gerais da População, Religião e Pessoas com Deficiência, divulgado hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O documento traz informações do perfil religioso da população brasileira, além de dados sobre a distribuição espacial das pessoas com deficiência, sua estrutura por idade, escolaridade e inserção no mercado de trabalho.

O pesquisador da coordenação de população e indicadores sociais do IBGE, Cláudio Crespo, destacou que entre os evangélicos o grupo que mais cresce é o dos pentecostais, que inclui as igrejas Assembleia de Deus, do Evangelho Quadrangular, Maranata e Nova Vida. Em 2010, seis em cada dez evangélicos e um em cada dez brasileiros já declaravam frequentar essas igrejas. Por outro lado, o número de evangélicos de missão ou tradicionais, como luteranos, presbiterianos, metodistas, batistas e congregacionais, ficou estável e correspondia, em 2010, a 18,5% dos evangélicos e a 4,1% dos brasileiros.

“Com certeza, 80% dos que deixam de ser católicos se tornam evangélicos pentecostais, principalmente em função de essas igrejas contarem com uma linguagem mais urbana, mais metropolitana, própria dos nossos tempos”, explicou.

Apesar desse movimento ser liderado pela igreja Assembleia de Deus, que foi a que mais cresceu entre 2000 e 2010, passando de 8,4 milhões para 12,3 milhõee de fiéis, o documento ressalta que a Igreja Universal do Reino de Deus, que também faz parte do grupo das pentecostais, perdeu quase 300 mil adeptos, passando de 2,1 milhões para 1,9 milhão na última década.

Em relação à distribuição espacial da população evangélica, há uma concentração que acompanha a expansão da fronteira agrícola e o litoral do Sudeste, revelando uma influência dos deslocamentos populacionais.

“As igrejas pentecostais crescem com bastante vigor nas regiões metropolitanas do Rio e de São Paulo muito em função da migração de fluxos vindos do Norte e do Nordeste”, acrescentou.

A redução no percentual de católicos ocorreu em todas as regiões, tendo sido mais intensa no Norte, berço da igreja Assembleia de Deus (de 71,3% para 60,6%), enquanto os evangélicos aumentaram sua representatividade nessa região, de 19,8% para 28,5%. Entre os estados, o menor percentual de católicos foi encontrado no Rio de Janeiro (45,8%) e o maior no Piauí, com 85,1%.
Com informações da Agência Brasil

domingo, 3 de junho de 2012

Sergio Lopes - DVD O Amor de Deus ( Completo )

Dizer Deus é amor



Ricardo Gondim
Faz-se malabarismo com o texto bíblico. Usam-se versículos para tudo. Capítulos servem, ao mesmo tempo, para abençoar a guerra e semear a paz. Nada como um texto canônico para validar mecanismos opressores que perpetuam a pobreza. Como a sagrada Escritura já serviu  para acalmar a revolta dos excluídos!
Um dos textos mais usados, celebrados e repetidos da Bíblia é o capitulo 13 da primeira epístola aos Corintios. Talvez tão celebrado por tratar do amor. Declamado em casamentos. Musicado por diferentes artistas. Seus 13 versículos valem até como cartilha de auto ajuda: “Como aprender a amar bem”.
Geralmente, os três primeiros versículos servem para explicar que amor é mais nobre que dogma, carisma e desempenho religioso:
“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá”.
A partir do versículo 4, Paulo descreve alguns atributos do amor. Sua descrição é nobre:
“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.
Belíssimo! repetem até os não religiosos. Acontece que a lista não é receita. Deus é descrito como essencialmente amor. Sendo assim falar de amor é também falar de Deus.
É possível projetar  o pensamento de Paulo sobre o amor na percepção de quem Deus é. Se Deus é amor e o amor tudo sofre – Deus sofre. Se Deus é amor e o amor tudo crê – a existência humana é fruto de um acreditar divino. Se Deus é amor e o amor tudo espera – Deus então espera, aguarda, pacientemente por respostas humanas. Se Deus é amor e o amor tudo suporta – o sofrimento que se universalizou produz uma dor incalculável no coração de Deus.
Infelizmente a cristandade ocidental preferiu compreender Deus a partir da onipotência. Caso tivesse prestado mais atenção ao que a revelação do amor indica, com certeza haveria menos ateus no mundo.
Nunca é preciso hesitar: o amor é simultaneamente frágil e avassalador. Jesus chorou sobre a impenitente Jerusalém.Lamentou a partida de um jovem rico. E contou uma parábola usando a figura de um pai abandonado pelo filho para revelar os sentimentos divinos. O amor que vulnerabiliza também salva.
O que é atrativo em Cristo? Que não sejam as descrições de sua majestade, mas de sua humildade. Sua glória foi revelada na cruz em não em tronos; no perdão e não em vingança.  O texto diz peremptoriamente que o Pai lhe deu um nome que está acima de todos os nomes porque jamais cobiçou poder, mas viveu para servir. Depois de ressuscitado Jesus não procurou esmagar seus algozes. Para sempre se manteve como cordeiro.
O Deus encarnado expressou, com mansidão e humildade, que não há outra maneira de perceber Deus senão na ternura e na mansidão.
Qualquer deus que tente se impor através do poder ou com apelos mágicos não passa de um ídolo.
Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele… No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo“. [1João 16-18]
Soli Deo Gloria