sábado, 27 de outubro de 2012

Oração a Deus – Voltaire

Voltaire nasceu em Paris em 21 de novembro de 1694. Seu nome era François-Marie Arouet, só mais tarde adotou Voltaire. Seu legado está ligado à poesia, à literatura, mas principalmente, ao esforço de mostrar que a intolerância religiosa é perniciosa, maligna. Milhares morriam na fogueira, nos garrotes, nas forcas, nas galés imundas e ele não se conformava. Para Voltaire tais assassinatos não tinham outro transfundo senão o fanatismo. No esforço de defender as convicções do ataque daqueles que eram considerados hereges, padres, pastores, príncipes, não hesitavam em condenar ao suplício. E isso era indigno.
No final de sua obra, Tratado sobre a Tolerância, Voltaire incluiu uma prece.
Embora séculos já tenham passado, ela continua atual.
Vale repeti-la como uma oração nossa.
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Oração a Deus
Voltaire
Não é mais aos homens que me dirijo, é a Ti, Deus de todos os seres, de todos os mundos e de todos os tempos. Se é permitido a frágeis criaturas perdidas na imensidão e imperceptíveis ao resto do Universo, ousar Te pedir alguma coisa, a Ti que tudo criaste, a Ti cujos decretos são imutáveis e eternos, digna-Te olhar com piedade os erros decorrentes de nossa natureza. Que esses erros não venham a ser nossas calamidades. Não nos destes um coração para nos odiarmos e mãos para nos matarmos.

Faz com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida difícil e passageira; que as pequenas diferenças entre as roupas que cobrem nossos corpos diminutos, entre nossas linguagens insuficientes, entre nossos costumes ridículos, entre nossas leis imperfeitas, entre nossas opiniões insensatas, entre nossas condições tão desproporcionadas a nossos olhos e tão iguais diante de Ti; que todas essas pequenas nuances que distinguem os átomos chamados homens não sejam sinais de ódio e perseguição; que os que ascendem velas em pleno meio-dia para Te celebrar suportem os que se contentam com a luz do Teu sol; que os que cobrem suas vestes com linho branco para dizer que devemos Te amar não detestem os que dizem a mesma coisa sob um manto de lã negra.

Que seja igual Te adorar num jargão formado de uma antiga língua, ou num jargão mais novo; que aqueles cuja roupa é tinjida de vermelho ou de violeta, que dominam sobre uma pequena porção de um montículo de lama deste mundo e que possuem alguns fragmentos arredondados de certo metal usufruam sem orgulho o que chamam de grandeza e riqueza, e que os outros não os invejem, pois Sabes que não há nessas vaidades nem o que invejar, nem do que se orgulhar.

Possam todos os homens lembrar-se de que são irmãos! Que abominem a tirania exercida sobre as almas, assim como execram o banditismo que toma pela força o fruto do trabalho e da indústria pacífica! Se os flagelos da guerra são inevitáveis, não nos odiemos, não nos dilaceremos uns aos outros em tempo de paz e empreguemos o instante de nossa existência para abençoar igualmente em mil línguas diversas, do Sião à Califórnia, Tua bondade que nos deu esse instante.

Fonte: http://www.ricardogondim.com.br

sábado, 15 de setembro de 2012

Notícia sobre a saúde do Pastor João Carlos




Venho, neste momento, repudiar a atitude leviana daqueles que andam propagando em blogs e nas redes sociais a notícia de que o Pastor João Carlos encontra-se internado em uma UTI. Afirmo: TAL INFORMAÇÃO NÃO É VERDADEIRA.

Ontem, pela manhã, fiquei surpreso com esta notícia e, logo, procurei entrar em contato com o Pastor João Carlos. Ele mesmo foi quem atendeu ao telefone e conversamos por alguns minutos. Ora, nunca vi, nem ouvi falar que alguém internado em uma UTI pudesse atender ao telefone!

A verdade é que ele, de fato, encontra-se internado, recuperando-se de uma infecção. Porém seu quadro é estável e sua recuperação está dentro das expectativas médicas. Ele precisa sim das orações. No entanto, é dispensável este alarme falso de que ele está estado grave na UTI.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Número de católicos diminui e aumenta o de evangélicos, mostra Censo


O número de brasileiros que se declaram católicos continua em queda. Nos últimos 20 anos a diminuição desse contingente no total da população do país foi aproximadamente 22%. Em 1991, oito em cada dez brasileiros se diziam pertencentes a essa religião; em 2010, pouco mais de seis fizeram a mesma afirmação. Por outro lado, os grupos evangélicos, que passaram de 9% em 1991 para 22,2% em 2010, são os que mais cresceram no mesmo período. Somente na última década foi observado um aumento de cerca de 16 milhões de pessoas que se declararam evangélicas.

A constatação faz parte do Censo Demográfico 2010 – Características Gerais da População, Religião e Pessoas com Deficiência, divulgado hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O documento traz informações do perfil religioso da população brasileira, além de dados sobre a distribuição espacial das pessoas com deficiência, sua estrutura por idade, escolaridade e inserção no mercado de trabalho.

O pesquisador da coordenação de população e indicadores sociais do IBGE, Cláudio Crespo, destacou que entre os evangélicos o grupo que mais cresce é o dos pentecostais, que inclui as igrejas Assembleia de Deus, do Evangelho Quadrangular, Maranata e Nova Vida. Em 2010, seis em cada dez evangélicos e um em cada dez brasileiros já declaravam frequentar essas igrejas. Por outro lado, o número de evangélicos de missão ou tradicionais, como luteranos, presbiterianos, metodistas, batistas e congregacionais, ficou estável e correspondia, em 2010, a 18,5% dos evangélicos e a 4,1% dos brasileiros.

“Com certeza, 80% dos que deixam de ser católicos se tornam evangélicos pentecostais, principalmente em função de essas igrejas contarem com uma linguagem mais urbana, mais metropolitana, própria dos nossos tempos”, explicou.

Apesar desse movimento ser liderado pela igreja Assembleia de Deus, que foi a que mais cresceu entre 2000 e 2010, passando de 8,4 milhões para 12,3 milhõee de fiéis, o documento ressalta que a Igreja Universal do Reino de Deus, que também faz parte do grupo das pentecostais, perdeu quase 300 mil adeptos, passando de 2,1 milhões para 1,9 milhão na última década.

Em relação à distribuição espacial da população evangélica, há uma concentração que acompanha a expansão da fronteira agrícola e o litoral do Sudeste, revelando uma influência dos deslocamentos populacionais.

“As igrejas pentecostais crescem com bastante vigor nas regiões metropolitanas do Rio e de São Paulo muito em função da migração de fluxos vindos do Norte e do Nordeste”, acrescentou.

A redução no percentual de católicos ocorreu em todas as regiões, tendo sido mais intensa no Norte, berço da igreja Assembleia de Deus (de 71,3% para 60,6%), enquanto os evangélicos aumentaram sua representatividade nessa região, de 19,8% para 28,5%. Entre os estados, o menor percentual de católicos foi encontrado no Rio de Janeiro (45,8%) e o maior no Piauí, com 85,1%.
Com informações da Agência Brasil

domingo, 3 de junho de 2012

Sergio Lopes - DVD O Amor de Deus ( Completo )

Dizer Deus é amor



Ricardo Gondim
Faz-se malabarismo com o texto bíblico. Usam-se versículos para tudo. Capítulos servem, ao mesmo tempo, para abençoar a guerra e semear a paz. Nada como um texto canônico para validar mecanismos opressores que perpetuam a pobreza. Como a sagrada Escritura já serviu  para acalmar a revolta dos excluídos!
Um dos textos mais usados, celebrados e repetidos da Bíblia é o capitulo 13 da primeira epístola aos Corintios. Talvez tão celebrado por tratar do amor. Declamado em casamentos. Musicado por diferentes artistas. Seus 13 versículos valem até como cartilha de auto ajuda: “Como aprender a amar bem”.
Geralmente, os três primeiros versículos servem para explicar que amor é mais nobre que dogma, carisma e desempenho religioso:
“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá”.
A partir do versículo 4, Paulo descreve alguns atributos do amor. Sua descrição é nobre:
“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.
Belíssimo! repetem até os não religiosos. Acontece que a lista não é receita. Deus é descrito como essencialmente amor. Sendo assim falar de amor é também falar de Deus.
É possível projetar  o pensamento de Paulo sobre o amor na percepção de quem Deus é. Se Deus é amor e o amor tudo sofre – Deus sofre. Se Deus é amor e o amor tudo crê – a existência humana é fruto de um acreditar divino. Se Deus é amor e o amor tudo espera – Deus então espera, aguarda, pacientemente por respostas humanas. Se Deus é amor e o amor tudo suporta – o sofrimento que se universalizou produz uma dor incalculável no coração de Deus.
Infelizmente a cristandade ocidental preferiu compreender Deus a partir da onipotência. Caso tivesse prestado mais atenção ao que a revelação do amor indica, com certeza haveria menos ateus no mundo.
Nunca é preciso hesitar: o amor é simultaneamente frágil e avassalador. Jesus chorou sobre a impenitente Jerusalém.Lamentou a partida de um jovem rico. E contou uma parábola usando a figura de um pai abandonado pelo filho para revelar os sentimentos divinos. O amor que vulnerabiliza também salva.
O que é atrativo em Cristo? Que não sejam as descrições de sua majestade, mas de sua humildade. Sua glória foi revelada na cruz em não em tronos; no perdão e não em vingança.  O texto diz peremptoriamente que o Pai lhe deu um nome que está acima de todos os nomes porque jamais cobiçou poder, mas viveu para servir. Depois de ressuscitado Jesus não procurou esmagar seus algozes. Para sempre se manteve como cordeiro.
O Deus encarnado expressou, com mansidão e humildade, que não há outra maneira de perceber Deus senão na ternura e na mansidão.
Qualquer deus que tente se impor através do poder ou com apelos mágicos não passa de um ídolo.
Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele… No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo“. [1João 16-18]
Soli Deo Gloria

Deputado João Campos é reeleito presidente da Frente Parlamentar Evangélica por unanimidade



No último dia 22 a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso votou pela nova diretoria do grupo. Por unanimidade de votos a associação, que representa as diversas denominações evangélicas no Congresso Nacional, reelegeu como presidente o deputado João Campos (PSDB-GO).
Reconduzido ao cargo pela terceira vez, o deputado lidera a Frente desde 2009, e seu trabalho vêm sendo muito elogiado pelos colegas.
Os integrantes da chamada Bancada Evangélica, têm sido protagonistas de diversas discussões no meio político nacional, principalmente em questões com aborto, drogas e homossexualismo. Como exemplo dessa atuação se destaca o veto ao Kit anti-homofobia, apelidado de “Kit Gay” quando, após pressão da Bancada, o então ministro da educação, Fernando Haddad, anunciou que a presidente Dilma Rousseff havia vetado o kit.
Os representantes evangélicos lutam também contra a liberação do uso de drogas e para que o aborto não seja descriminalizado.
Confira a composição da diretoria da Frente:
PRESIDÊNCIA
Presidente Dep. João Campos /PSDB/GO – Assembleia de Deus
Vice-Presidente Dep. Antony Garotinho PR/RJ – Presbiteriana
Vice-Presidente Dep. Benedita da Silva PT/BA – Presbiteriana Renovada
Vice-Presidente Dep. Paulo Freire PR/SP – Assembleia de Deus
Vice-Presidente Dep. Roberto de Lucena PV/SP – O Brasil Para Cristo
Vice-Presidente Senador Walter Pinheiro PT/BA – Batista


Interessante é que a "Bancada religiosa" se destaca por ser a mais ausente, inexpressiva e processada. Conforme dados do Transparência Brasil  a situação é essa:

1) Da bancada "evangélica", todos os deputados que a compõe respondem processos judiciais;
2) 95% da referida bancada estão entre os mais faltosos;
3) 87% da referida bancada estão entre os "mais inexpressivos" do DIAP;
4) Na última década não houve um só projeto de expressão, ou capaz de mudar a realidade do país, encabeçado por um parlamentar evangélico.

Confira a relação dos parlamentares, nº do processo e suas respectivas igrejas no link abaixo: http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/images/stories/PDF/noticias2012/deolho/luisnassif28052012_bancada_religiosa.pdf

Brasil pode ter partido islâmico


O blog da Sociedade Islâmica do Maranhão revela estar havendo entre as comunidades de muçulmanos um debate para a criação do PIB (Partido Islâmico Brasileiro). No blog há, inclusive, o que seria a bandeira de um Brasil de Maomé: uma lua crescente com uma estrela (símbolo do Islã) – veja foto, no lugar da inscrição positivista “ordem e progresso” e do Cruzeirodo Sul (que pode ser tomado como uma referência ao cristianismo).

O autor do post que apresentou uma proposta para a doutrina do partido se manteve no anonimato, identificando com o nome da sociedade, embora em alguns trechos escreva na primeira pessoa. É de se supor que seja um diretor da SIM. Ele afirmou que o lema do PIB é “Islã, Propriedade e Família”. O que lembra a TFP (Tradição, Família e Propriedade), uma organização católica de ultradireita.

O autor do post, contudo, ressaltou que o PIB vai combater “as doutrinas socialista e fascista”. “Queremos apresentar uma alternativa concreta ao povo brasileiro, a qual não é capitalista, nem comunista, não é liberal nem socialista, mas é única e exclusivamente ISLÂMICA”, escreveu.


O autor reconheceu que ainda é cedo para iniciar uma campanha para o recolhimento das 450 mil assinaturas para a criação do partido, conforme exige da legislação. Por isso, o “momento é para a construção [informal] de diretórios municipais e estaduais e depois o diretório nacional”.


Ele sugeriu colocar o nome do partido em “banho-maria”, de modo que possa ser mudado, se preciso, para torná-lo mais digerível, conforme ficou subentendido no blog. Disse que o partido islâmico vai ter de enfrentar uma grande oposição porque “o Islã propõe uma total inversão da maioria dos valores cultuados pela sociedade brasileira”.


Como exemplos, mencionou que o islamismo não admite a cobrança de juros e a comercialização de bebidas alcoólicas. Por isso, disse, bancos e setor de bebidas estão entre os principais “inimigos” do Islã.


Ele reconheceu que, se fosse criado agora, o partido islâmico não teria condições de enfrentar os conflitos desencadeados pela sua proposta de “inversão dos valores” dos brasileiros. Escreveu que a estratégia agora é a de “acúmulo de forças”, o que inclui, já nas próximas eleições, apoiar candidatos a vereador e a prefeito de partidos que “sejam aprovados pelo movimento [dos muçulmanos]”.


O autor revelou que se tornou muçulmano há dois anos e que participou da criação em 2005 do PSOL, partido que, segundo ele, se desviou de seus objetivos. “Quando me reverti ao Islã, abandonei esta militância por acreditar que não há alternativa para o futuro da humanidade nas propostas defendidas por socialistas, capitalistas, fascistas, comunistas e outros istas”, disse. “O futuro e a libertação da barbárie passam, inequivocamente, PELO ISLÃ!”
Não há dados oficiais sobre quantos brasileiros são muçulmanos. A estimativa de suas lideranças varia muito, vai de 200 mil a mais de um 1 milhão de fiéis.

Atriz afirma que sem Deus não teria conseguido interpretar personagem


A atriz Débora Secco declarou em entrevista para uma revista feminina que sem Deus ela não seria capaz de interpretar Raquel Pacheco, a personagem principal do filme Bruna Surfistinha, baseado na história real de uma ex-garota de programa que ficou conhecida por escrever um diário virtual sobre sua vida.

“Sem ele não seria capaz de fazer nada, não teria conseguido interpretar a Bruna Surfistinha, por exemplo. Fiz um pacto com o amor. Esse sentimento é o que move minha vida hoje”, declarou ela.

Débora Secco é uma das principais atrizes brasileiras e nesse filme conseguiu um público recorde nas bilheterias do país e ainda foi indicada a diversos prêmios por sua interpretação.

As cenas desse longa foram bastante ousadas, afinal contava a história de uma garota de classe média que fugiu de casa e encontrou na prostituição uma forma de sobreviver.

Raquel Pacheco chegou a ter centenas de clientes durante o período que trabalhou como prostituta, até que se envolveu com um deles e acabou se casando.

Débora não é a primeira atriz a agradecer a Deus pelo sucesso que tem, mesmo interpretando personagens que geram críticas entre os mais religiosos. O ator Marcelo Serrado, que viveu o Crô, um mordomo homossexual em Fina Estampa, agradeceu, em uma igreja, a Deus o sucesso alcançado.

domingo, 27 de maio de 2012

Robinson Cavalcanti - Semana Jovem IBAB 2010

O Mutirão de Oração por crianças e adolescentes em vulnerabilidade social

O Mutirão Mundial de Oração (MMO) é a união de cristãos em todo o mundo para orar por crianças e adolescentes em vulnerabilidade social. Por iniciativa da Viva (www.viva.org), ele acontece há 16 anos em mais de cem países. Desde 2003, ele é também promovido no Brasil pela Rede Mãos Dadas. Em 2010, o Mutirão envolveu mais de 30 mil pessoas. O MMO integra a Campanha Latino-americana pelos Bons Tratos da Criança (www.maosdadas.org/bonstratos) e este ano também está apoiando a Campanha de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Turismo.




Só vivemos uma vez



Ricardo Gondim


Não teremos outra vez. Não, ninguém espere outra chance. Nascemos condenados ao horror de ver a ampulheta sangrar areia, os calendários acelerarem, os relógios se fracionarem em milésimos de segundos. Vamos morrer. E depois que tudo tiver cumprido o seu destino, restará o quê? Diremos: “E agora, que a faca cortou, a lira tocou, o sol iluminou e o soldado matou?”. Sobrarão nossos vestígios.
Um dia todos passarão. Não ficará ninguém para observar nada. Meros rastros empoeirados testemunharão para o vazio que alguém andou por aqui. Mas a estrada permanecerá deserta.
Como serão os escombros? Nas universidades, livros, teses, nomes, que nada significam; nos museus, paisagens mortas; nos quartéis, medalhas enferrujadas; nos bancos, cofres lacrados; nos templos, bolor.
Depois de exercer a sua missão, o próprio tempo deixará de existir. Não haverá antes e depois. O assobio do vento não precisará viajar até ouvidos atentos. Se antes tudo era mudança, tudo se tornará estático. Terminarão as causas e os efeitos. Cessarão os contrastes.
Sem olhos, não existe beleza. Vitrais intactos perderão o esplendor; ninguém vai declarar alumbramento. Serão inúteis: por do sol, lua cheia, maré em ressaca, pororoca. Flautas, trompetes, pianos, pandeiros, harpas, jazerão em palcos desabitados diante de auditórios ausentes.
Somos um nadinha no tempo e nossa vaidade, uma neblina. O Eclesiastes também quer sacudir: “O destino do homem é o mesmo do animal; o mesmo destino os aguarda. Assim como morre um, também morre o outro. Todos têm o mesmo fôlego de vida; o homem não tem vantagem alguma sobre o animal. Nada faz sentido! Todos vão para o mesmo lugar; vieram todos do pó, e ao pó todos retornarão” [3.19-21].
Não demora e tudo deixará de ser. Breve seguiremos o caminho dos mortais, bem como o próprio planeta, que se apagará como se apagam as estrelas. Desapareceremos todos como desaparecem os vermes.
Portanto, enamoremo-nos.
Vivamos o instante impreciso.
Aspiremos o ar como se dele viesse o elixir da juventude.
Abandonemos resmungos.
Não nos exilemos nas masmorras que a neurose cria.

O tempo se chama agora. O dia é hoje. A vida é eterna devido à impermanência – eixo paradoxal.
Tornemo-nos jardineiros de prados.
Saiamos das estufas climatizadas.
Sejamos menos especialistas e mais aventureiros.
Corramos mais riscos.
Desobedeçamos aos cabrestos.
Testemos nossa afoiteza.
Encarnemos a inutilidade do afeto.
Assumamo-nos cafonas, bobinhos, no anseio de amar a poesia.

Antes que chegue o fim, fecundemos a vida com ternura.
Borboleteemos o pólen do amor.
As moradas eternas são vizinhas nossas.
Mudemo-nos para lá enquanto é tempo.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

DIA 30 DE ABRIL DE 2012 A IGREJA DE SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE-PE INAUGURA O TEMPLO PRÓPRIO DA SUA CONGREGAÇÃO EM CARAÚBAS – NO CARIRI PARAIBANO!


Em Março de 2005, a IBIB de Santa Cruz do Capibaribe-PE, através dos irmãos José Ronaldo da Silva e Orlando Sebastião da Silva, abriu uma Congregação Batista Independente no Cariri da Paraíba, na cidade de Caraúbas-PB. o Diácono Orlando Sebastião assumiu o campo realizando trabalhos semanais devido a dificuldade com as estradas de barro que tem um percurso de 46Km de distância de Sta Cruz do Capibaribe-PE. Em Setembro de 2007 o casal Joana D'arc e Ronaldo Henzel (do Ministério Pão é Vida) deram-nos um ótimo apoio na evangelização em Caraúbas - por 45 dias.  E, no final de 2007, com os trabalhos já bem encaminhados e estruturados o campo teve seu primeiro obreiro de tempo integral que foi o casal Jader e Cherlli (do Ministério Conexão Ide). O casal Jader e Cherlli foi sustentado pelas Igrejas Batista Betel de Sta Cruz do Capibaribe-PE e Batista Betel de Sta Rita-PB por 18 meses, tempo este em que o casal contribuiu para que a Congregação criasse vínculos com várias pessoas da sociedade afim de que as portas para o evangelho se abrissem mais e mais. Em Setembro, após a saída do casal Jader e Cherlli - que se deu em Julho de 2009, o campo foi suprido pelo casal Francisco e Cláudia - por 50 dias. Por fim, em Janeiro de 2010, o Pr Edmilson dos Santos (38 anos, SOLTEIRO), assumiu o campo e lá está até hoje. Tanto o Pr Edmilson quanto a manutenção do campo, são mantidos integralmente pela Igreja de Sta Cruz. Edmilson é teólogo e concluinte do Curso de Filosofia. Durante estes sete anos vivenciamos muitas lutas internas e externas, crises financeiras e etc, no entanto, Deus nos abençoou espiritualmente nos mantendo firmes no SEU PROPÓSITO, pois, "O interesse de Deus não é menor que o mundo inteiro. Ele quer salvar TODA sua criação!" - com isso, entendemos que o SENHOR ama e quer salvar aqueles que estão no sertão e no cariri do nosso imenso Brasil. Não abrindo mão da visão que Deus nos deu, Ele nos honrou salvando vidas, edificou Sua igreja e nos presenteou com um lindo templo de 160 metros quadrados. O templo é situado numa ótima localização e hoje é Cartão Postal da cidade caraubense que tem cerca de 5 mil habitantes.

Na Inauguração do templo foi um momento histórico, emocionante e muito bonito! Estiveram presentes mais de duzentas pessoas e algumas igrejas marcaram presença no evento. Contamos com as presenças, como por exemplo, a do Pr Waldir (Sta Rita-PB, membro da liderança da CIBIPB), Missionária Qille (Norueguesa), Pr Claudir da Silva (Presidente da CIBIPE) e demais obreiros ilustres que estão nas fotos. Na ocasião consagramos ao Diaconato um obreiro local, o irmão Joseilton. Com este evento histórico ocorrido numa cidade pequena e pacata cremos que, com a construção do templo, foi iniciado UM MARCO na história do cristianismo em Caraúbas-PB que é uma cidade tradicionalmente Católica Romana. Todos os caraubenses também estão encantados com o milagre do novo Templo que foi erguido em cerca de sete meses e por ter sido construído através da pequena e humilde Igreja de Sta Cruz do Capibaribe-PE. Para Deus seja toda honra, toda glória, todo o louvor e todo o poder para sempre, pois "O BRAÇO DO SENHOR FEZ ISSO" -  Is. 41.20.  E nós, como estamos? É um fato, uma realidade! Um milagre! Mas, ainda estamos como quem sonha...


PARABÉNS a todos os irmãos da IBIB de Sta Cruz, uma verdadeira EQUIPE! Agradecemos a todos que nos apoiaram, oraram por nós e também aos que puderam contribuir com donativos para o bazar e com dinheiro para que este templo fosse construindo. Agradecemos ao Pr Ricardo da Igreja Batista Independente de Niterói-RJ e as igrejas Batista Independente de Pernambuco pelo amor a nós e o apoio a este ministério. Não tem como agradecer a todos citando nomes, portanto, sintam-se todos, de uma forma ou de outra, COOPERADORES desta Obra no Cariri da Paraíba recebendo o nosso MUITO OBRIGADO a TODOS! Continuem orando por nós para que o SENHOR nos der estratégias e condições para enchermos esta Casa de Oração de pecadores arrependidos! A Ordem do SENHOR ainda é a mesma: “Ide por todo o mundo e pregue o EVANGELHO (poder de Deus) a TODA criatura...”; que Ele continue nos abençoando. Amém!

Prª Maria Marques
Pastora Titular da IBIB

terça-feira, 15 de maio de 2012

terça-feira, 8 de maio de 2012

I ENCONTRO DE TEOLOGIA DO AGRESTE!






Debaixo da sombra





A sombra é uma coisa maravilhosa. Que o diga o agricultor que trabalha o dia inteiro debaixo do sol. Pode ser a sombra de um pequeno arbusto, debaixo do qual Hagar colocou Ismael, então um adolescente de 14 anos (Gn 21.15). Ou a sombra de uma enramada, debaixo da qual Jonas se colocou para proteger-se do sol e do calor (Jn 4.5). Ou a sombra daquela gigantesca árvore do sonho de Nabucodonosor, que cobria a terra e cuja altura chegava até o céu (Dn 4.10-12).
 

A Bíblia fala de uma sombra sobrenatural, que acompanhou o povo de Israel do Egito a Canaã, por um espaço de 40 anos! Era uma coluna de nuvem que andava e parava, de acordo com a marcha do povo eleito em direção à terra prometida: “Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem durante o dia e a coluna de fogo durante a noite” (Êx 13.22). Essa nuvem lhes servia de toldo (Sl 105.39) e abrandava-lhes o calor causticante do deserto (Is 25.5). Ela permaneceu sobre mais de seiscentos mil israelitas (Nm 1.46) por mais de quatorze mil e seiscentos dias.
 

Essa beneficência de Deus não se restringe exclusivamente ao povo de Israel. Qualquer um pode se colocar debaixo de uma sombra mística. Enquanto caminhavam em procissão para Jerusalém, os judeus cantavam: “O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua. O Senhor te guardará de todo mal, guardará a tua alma. O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre.” (Sl 121.5-8.)
 

Mais amplas que a copa das árvores são as asas de Deus, figura pela qual o crente reconhece a sombra do Onipotente e dela usufrui: “O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente, diz ao Senhor: meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio” (Sl 91.1, 2).
 

O mais dramático lamento de Jesus tem algo a ver com a recusa do homem de colocar-se sob suas asas: “Jerusalém, Jerusalém, quantas vezes quis Eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mt 23.37.)
 

Para suportar e superaro calor das tentações, o calor das paixões, o calor da cultura mundana, o calor das potestades do ar, o calor da injustiça, o calor da oposição, o calor do cansaço, o calor da dor — é preciso falar com Deus: “Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me à sombra das tuas asas, dos perversos que me oprimem, inimigos que me assediam de morte” (Sl 17.8, 9).

 Retirado de Pastorais para o Terceiro Milênio (Editora Ultimato, 2000)



Os dois tipos de igreja evangélica



Havia há alguns anos no Brasil dois tipos clássicos de igrejas protestantes: as tradicionais e as renovadas. Conseqüentemente dois tipos de crentes: o tradicional e o renovado.

O tradicional pertencente às correntes históricas do protestantismo como o anglicanismo, o presbiterianismo, batista ou metodista não cria em certas manifestações do Espírito Santo nos dias de hoje, não tolerava certos instrumentos na igreja e preferia um estilo de culto com hinário e à moda do século XIX ou ainda melhor do XVIII, ou seja, como o próprio nome diz era a tradição protestante que exercia um papel central em sua vida religiosa.

Já o renovado rompia com as tradições, adotando músicas de louvor modernas, permitindo outros instrumentos desde a guitarra e bateria até pandeiros, atabaques, sanfonas e triângulos. Além disso, as palmas, danças e uma pregação mais espontânea entraram na liturgia do domingo. Isso tudo sem falar na ênfase dos dons de línguas, profecias e curas. Assim o renovado era aquele que tinha uma ligação com o movimento pentecostal iniciado há 100 anos nos EUA. Ele pertencia, então, às igrejas Assembléia de Deus, Pentecostal, Comunidades, e uma série de igrejas independentes que surgiram, além daquelas tradicionais que se dividiram acrescentando ao seu nome o termo “renovada”.

Na época de minha conversão, no final dos anos 80, esses eram os dois principais tipos de igreja que percebi existirem no Brasil. Com o passar das décadas vi que duas coisas mudaram: as igrejas e eu mesmo. Assim essa divisão tão marcante pra mim se atenuou ao ponto de quase não mais existir.

Um texto rico de significado e história cristã (Amazing Grace) foi postado por nosso amigo de Juiz de Fora. Ele me fez pensar novamente nessa realidade da graça de Jesus. Concordo plenamente com o Almir quando ele separa disciplina e discipulado.  Erroneamente muitos cristãos atribuem todo tipo de sofrimento à atuação do inimigo, e se esquecem que, por exemplo, foi Deus quem enviou a tempestade e o peixão para o profeta Jonas que estava deliberadamente desobedecendo ao Pai.

Esses dias, relendo o livro de Salmos eu fiquei mais uma vez surpreso com o linguajar forte do verso 32 do Salmo 89 “Então visitarei com vara a sua transgressão, e a sua iniqüidade com açoites”. Sem dúvida é o nosso próprio Pai celestial quem nos faz sofrer, muitas vezes, para que aprendamos definitivamente lições imprescindíveis para o nosso caminhar e salvação.

Se houve uma época em que Deus era visto como um carrasco cruel e todo tipo de desgraça era logo relacionado ao castigo de um Deus severo e sem misericórdia, a sociedade pulou rapidamente de um extremo para outro, onde Deus é um pai tão bonzinho que nunca se zanga, permite tudo, e não encosta se quer um dedo nos seus filhinhos (mimados).

Dois livros que tratam com muita propriedade do assunto graça, nos remetendo para o equilíbrio saudável entre esses dois extremos são “Maravilhosa Graça” e “O Despertar da Graça” escritos respectivamente por Philip Yancey e por Charles Swindoll. Aliás, foram essas leituras que abriram meus olhos para a real e bíblica divisão que existe entre os cristãos: aqueles que vivem a graça e aqueles que são legalistas.

Independente daquilo que entendemos por lei (mosaica, tradicional ou renovada), existem sempre aqueles cristãos que querem impô-la para outros. Desconsiderando a própria consciência do irmão, a competência paterna divina e o senhorio de Jesus, esses cristãos tentam assumir para si mesmos o papel de guardiães da moral. Provavelmente a melhor maneira que fazem isso é escondendo o rebanho de outros pontos de vistas (a famosa cerca legal) ou simplesmente interpretando a Bíblia a seu bel prazer, como Marcos Bontempo escreveu esta semana. E assim forçam a barra, sobre outros crentes, querendo moldá-los à sua própria maneira de entender e vivenciar a fé cristã. Como muitos acabam caindo nessa armadilha, achando que só assim agradam a Deus, cumprindo as regras de uma rigorosa cartilha elaborada por irmãos “super espirituais”, acabam também existindo igrejas inteiras, se não denominações, que vivem de forma legalista, longe da graça divina. Esse é o primeiro tipo de igreja.

Por outro lado existem aqueles que preferem, ainda que sob o risco de serem mal interpretados, do abuso da graça e da má fé de alguns pregarem simplesmente a graça. Esses vêem muitas vezes que esses abusos são severamente punidos pelo Pai, e por isso mesmo não se calam e alertam para a seriedade que envolve o seguir a Cristo. Todavia, somente esse cristão, que vive o verdadeiro evangelho da graça experimenta a verdadeira alegria e a segurança que ele traz, pois eles são selados com o Espírito Santo (Ef 1.13). Estes conseguem viver melhor em comunidade e desfrutar de relacionamentos sadios dentro e fora da igreja. O conjunto desses indivíduos forma o segundo tipo de igreja que, na verdade, na verdade, é o único que existe independente de serem tradicionais ou renovados.
  

Mortalidade infantil cai pela metade



Dados do IBGE apontam queda notável, em 10 anos, do número de crianças que morrem antes de atingir 1 ano de vida

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Da redação
Com alguns números animadores, outros com pequeno avanço e dados inéditos que mapeiam a situação do País, o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) divulgou no fim do último mês os Resultados Gerais da Amostra do Censo 2010. O grande destaque ficou com a mortalidade infantil, que caiu notáveis 47,6% entre 2000 e 2010. O número de crianças que morrem antes de completar um ano passou de 29,7 para 15,6 a cada mil nascidas.

O Nordeste puxou a fila da queda, registrando 58,6% óbitos a menos, agora com a marca de 18,5. O Sul se manteve com o menor índice: 12,6. As duas regiões estão longe do patamar ideal, de países desenvolvidos, que é de apenas um dígito: 5. Apesar de as crianças brasileiras virem ao mundo mais saudáveis, com condições de sobreviver até a idade adulta, elas estão nascendo em menor quantidade. A taxa de fecundidade de 2,38 filhos por mulher, em 2000, caiu para 1,90 em 2010. A situação não é suficiente para o chamado "nível de reposição" (em 2,10, que os especialistas veem como mínimo para garantir a substituição de gerações. Curioso é que todas as regiões do País contribuíram neste item, com o Nordeste na liderança.

Para quem endossou a estatística, o cenário dos estudos dá sinais de melhora. O número de jovens de 7 a 14 anos que não estava na escola caiu de 5,5% para 3,1%. Do grupo dos que já têm mais de 10 anos, a conta de quem não tinha qualquer instrução baixou de 65,1% para 50,2%. A parcela dos que têm curso superior subiu: de 4,4% para 7,9%. O que pode ser um dos fatores para o aumento de renda – ainda que em percentuais tímidos. Da população ocupada no momento da pesquisa, o rendimento mensal ficou em R$ 1.345, contra R$ 1.275 de 10 anos antes. Um registro importante, jamais feito, foi o de pessoas com pelo menos uma deficiência (visual, auditiva, motora e mental). Segundo o IBGE, Em 2010 o País tinha 45,6 milhões nessas condições, o equivalente a 23,9% dos brasileiros.