segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Quando o louvor é negligenciado


O evangelho de Lucas no capítulo 17 do verso 11 ao 19, lemos acerca da experiência de libertação que dez homens contaminados com uma doença mortal tiveram. Foi uma experiência ímpar que eles tiveram com o Nosso Senhor. Apesar da grandeza da experiência, o que nos assusta, são os acontecimentos imediatamente posteriores a ela. O que nos espanta aqui, não é a maravilhosa ação de Cristo em curar os dez homens, mas, o fato de que após a cura, nove deles conseguiram ir embora sem voltar para louvar e agradecer a Deus pelo o que lhes havia acontecido, como um dentre eles fizera. De fato, os dez receberam a cura em seus corpos, mas apenas um fora curado na alma. Não são poucas as vezes que isso acontece conosco. Essa experiência nos ensina algumas lições:

Em primeiro lugar, aprendemos que mais são os que recebem os benefícios do todo poderoso, do que aqueles que oferecem louvores e ações de graças por tais benefícios. Nossa ingratidão é tal, que pouco pararmos para louvar a Deus pelo que temos, contudo, grande é a nossa disposição para murmurar contra Ele pelo que não temos.

Em segundo lugar, aprendemos que mais são aqueles que oram (entenda-se por oração aqui a ação de pedir) e menos aqueles que louvam. É interessante observarmos os pedintes do nosso texto, perceba que, enquanto estavam enfraquecidos pela doença esforçaram-se por clamar, contudo, fortalecidos pela cura não puderam louvar. Quantas vezes não agimos da mesma maneira?!

Em terceiro lugar, aprendemos que muitos são os religiosos, mas poucos são os adoradores, “louvadores”. Aqueles homens cumpriram cabalmente a recomendação do Nosso Senhor, nove deles eram judeus, interessavam-se pelos ritos da lei, foram apresentar-se aos sacerdotes como mandara Moisés, contudo sua falsa religiosidade foi revelada na incapacidade que demonstraram ter, no momento em que se esperava deles adoração e ações de graças. Que Deus nos dê a graça de não cometermos tais erros, que Ele sempre ache em nossos lábios um hino de gratidão ao Deus da nossa vida.

Nele, que diz: Rendei graças ao Senhor porque Ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre.

Rev. Bruno César C. de Araújo

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