domingo, 20 de dezembro de 2009

A origem do dia da bíblia.

Durante o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos protestantes era muito restrita, o que impedia que se manifestassem publicamente.

O Dia da Bíblia surgiu em 1549, na Grã-Bretanha, quando o Bispo Cranmer, incluiu no livro de orações do Rei Eduardo VI um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado. A data escolhida foi o segundo domingo do Advento - celebrado nos quatro domingos que antecedem o Natal. Foi assim que o segundo domingo de dezembro tornou-se o Dia da Bíblia. No Brasil, o Dia da Bíblia passou a ser celebrado em 1850, com a chegada, da Europa e dos Estados Unidos, dos primeiros missionários evangélicos que aqui vieram semear a Palavra de Deus.

Durante o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos protestantes era muito restrita, o que impedia que se manifestassem publicamente. Por volta de 1880, esta situação foi se modificando e o movimento evangélico, juntamente com o Dia da Bíblia, se popularizando.

Pouco a pouco, as diversas denominações evangélicas institucionalizaram a tradição do Dia da Bíblia, que ganhou ainda mais força com a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em junho de 1948. Em dezembro deste mesmo ano, houve uma das primeiras manifestações públicas do Dia da Bíblia, em São Paulo, no Monumento do Ipiranga.

Hoje, o dia dedicado às Escrituras Sagradas é comemorado em cerca de 60 países, sendo que em alguns, a data é celebrada no segundo Domingo de setembro, numa referência ao trabalho do tradutor Jerônimo, na Vulgata, conhecida tradução da Bíblia para o latim. As comemorações do segundo domingo de dezembro mobilizam, todos os anos, milhões de cristãos em todo o País.


Fonte: www.sbb.org.br

A vontade de Deus

Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus. (Sl 143.10.)

Estou cercado de muitas vontades. Nem todas surgiram dentro de mim. Algumas foram incutidas em mim. Vieram de fora e ganharam terreno aqui dentro. Tenho, portanto, vontade própria, vontade adquirida e vontade imposta. Desse incrível sincretismo resultaram vontades boas e vontades más. A confusão das vontades exige um paradigma, que é a vontade de Deus. Ela vai me ajudar a discernir entre a vontade boa e a vontade má. Todas as minhas vontades devem ser submetidas à vontade de Deus. Preciso ser capaz de “experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).

O pedido que o salmista dirige a Deus é bastante oportuno: “Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus” (Sl 143.10). Embora a vontade de Deus muitas vezes contrarie a vontade própria, o salmista cresceu a ponto de declarar: “Tenho grande alegria em fazer a tua vontade, ó meu Deus; a tua lei está no fundo do meu coração” (Sl 40.8). De fato, “os que pertencem a Cristo crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos” (Gl 5.24).

A vontade de Deus não é uma exibição de poder e de autoridade, não é uma desmancha-prazeres. Muito ao contrário, a vontade de Deus é protetora, é guardiã da verdadeira felicidade, é a propulsora do verdadeiro sucesso, é tremendamente abençoadora. Portanto, precisa ser aprendida, seguida, obedecida e guardada.

Além da oração do salmista (“Ensina-me a fazer a tua vontade”), é preciso orar também o Pai Nosso: “Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10).

Retirado de “Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos” (Editora Ultimato, 2006).

domingo, 13 de dezembro de 2009

Misericórdia


Elevo a minha voz ao Senhor, suplicando misericórdia. (Sl 142.1.)

Não quero uma casa na cidade, outra no campo e uma terceira na praia. Não quero um carro importado. Não quero dinheiro, não quero fama, não quero poder. O que eu quero é misericórdia. Para ser mais preciso, o que eu quero é a misericórdia de Deus.

Era misericórdia que o salmista pedia a Deus: “Elevo a minha voz ao Senhor, suplicando misericórdia” (Sl 142.1). Ele fazia isso em alta voz, aos gritos, à semelhança de Jesus quando entregou o espírito a Deus às três horas da tarde na sexta-feira da Paixão (Lc 23.46). Não porque Deus tenha problema de audição, mas porque o salmista queria clamar com força total.

Quando Deus demora a mostrar ou a derramar a sua misericórdia, o salmista, aflito, pergunta-se: “Esqueceu-se Deus de ser misericordioso? Em sua ira refreou sua compaixão?” (Sl 77.9). E implora: “Não me negues a tua misericórdia, Senhor” (Sl 40.11). Então explica por que não pode abrir mão de suas misericórdias: “Pois incontáveis problemas me cercam, as minhas culpas me alcançaram e já não consigo ver” (Sl 40.12). O sentimento de urgência por vezes é muito grande: “Vem depressa ao nosso encontro a tua misericórdia, pois estamos totalmente desanimados!” (Sl 79.8).

O salmista era um eterno cliente da misericórdia divina porque não se sentia merecedor de bênção alguma da parte de Deus. Frente à absoluta santidade de Deus e frente à sua absoluta pecaminosidade, o poeta não tinha méritos para mostrar nem para colecionar. Ele batia no peito e dizia: “Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador” (Lc 18.13). Ele vivia da maravilhosa graça!

Retirado de “Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos” (Editora Ultimato, 2006).