domingo, 30 de agosto de 2009

Asaph Borba

Dia Nacional do Evangélico

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, aprovou nesta quarta-feira, 26, o Projeto de Lei 3541/08, do deputado Cleber Verde (foto), do PRB-MA, que institui o Dia Nacional do Evangélico em 30 de novembro de cada ano.

O projeto não impõe um feriado nessa data. Atualmente, o Distrito Federal e o Amapá consideram a data como feriado.

Aprovado em caráter conclusivo, o projeto seguirá para o Senado, a menos que haja recurso de 51 deputados para que seja votado pelo Plenário.

Segundo o autor, o objetivo é homenagear esse segmento, que vem crescendo substancialmente em todo o País. “De acordo com pesquisas do IBGE, os evangélicos representam hoje 20,3% da população brasileira. Esse percentual corresponde a mais de 34 milhões de pessoas”, afirma. Citando reportagem da revista Veja, ele afirma que o país mais católico do mundo está cada vez mais evangélico.

O coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), comemorou a aprovação e ressaltou que não haverá feriado nessa data, mas um dia para celebrar a espiritualidade de uma parte importante dos brasileiros. Fonte: Notícias Gospel

5º centenário do nascimento do reformador João Calvino


No dia 10 de julho de 2009 transcorreu o 5º centenário do nascimento do reformador João Calvino. Em Genebra e ao redor do mundo essa data está sendo comemorada com a realização de inúmeras conferências, exposições e lançamentos de livros. Cinco séculos após o seu natalício, Calvino continua sendo um dos homens mais influentes e discutidos da história mundial. Ninguém que escreva sobre religião, teologia, economia e política pode ignorar seu impacto e suas contribuições. Ele foi, ao lado de Martinho Lutero, o líder de maior destaque de um dos movimentos mais marcantes da moderna história ocidental -- a Reforma Protestante. Vale a pena conhecer um pouco da sua história, ideias e legado para as gerações futuras.

Trajetória inicial
João Calvino nasceu em 10 de julho de 1509 na pequena Noyon, no nordeste da França. Dotado de uma inteligência privilegiada, aos 14 anos deixou sua cidade para estudar na Universidade de Paris. Nessa época estavam em curso o Renascimento e o Humanismo, e ele abraçou os interesses desses movimentos. Dedicou-se ao estudo dos idiomas e dos autores clássicos, bem como da teologia e dos Pais da Igreja. Por algum tempo, realizou estudos jurídicos nas cidades de Orléans e Bourges. Em 1531, veio a lume sua primeira obra publicada, um tratado sobre o antigo filósofo estoico Sêneca.

Em 1533 ocorreu um evento singular, embora desconhecido em seus detalhes -- a conversão do jovem intelectual à fé evangélica. Calvino conhecia as ideias de Lutero e tinha parentes e amigos que eram adeptos do protestantismo. Todavia, o fator mais decisivo para sua conversão parece ter sido o contato direto com as Escrituras. Seu primeiro texto publicado como adepto da nova fé foi o prefácio de uma tradução francesa do Novo Testamento feita por seu primo Roberto Olivétan. Em 1536, saiu do prelo aquela que se tornaria sua obra mais importante “Instituição da Religião Cristã”, popularmente conhecida como “Institutas”. Era uma espécie de manual para o estudo da Bíblia.

Nesse mesmo ano, a vida de Calvino começou a ficar ligada à cidade suíça de Genebra. Ele passava de viagem por esse lugar quando o reformador local, Guilherme Farel, o convenceu a ficar e ajudá-lo na obra da Reforma. Fazia poucos meses, os cidadãos de Genebra, reunidos em assembleia pública, haviam decidido abraçar o protestantismo. Por dois anos, Calvino trabalhou ao lado do seu amigo ensinando a Palavra de Deus e tentando organizar a igreja reformada. Todavia, os dois líderes entraram em choque com as autoridades civis, que se sentiam no direito de intervir na vida religiosa da cidade, e acabaram expulsos.

Anos decisivos
Com a expulsão, Calvino foi para a cidade alemã de Estrasburgo, onde havia uma sólida igreja reformada sob a liderança de Martin Butzer. Este havia sido influenciado pelas ideias do iniciador da reforma suíça, o ex-sacerdote Ulrico Zuínglio. Nessa cidade, Calvino teve muitas experiências enriquecedoras: foi pastor de uma pequena igreja de refugiados franceses, lecionou na academia do célebre educador João Sturm e acompanhou Butzer em diversas conferências internacionais. Também escreveu várias obras, entre as quais uma nova edição das “Institutas” (em latim e em francês) e um comentário da Epístola aos Romanos (o primeiro de uma longa série). Nesse ambiente estimulante, suas ideias amadureceram e seus horizontes se ampliaram.

Em setembro de 1541, a convite das autoridades municipais, Calvino regressou definitivamente para Genebra. A situação moral e religiosa da cidade havia se deteriorado e eles concluíram que precisavam do jovem reformador. Durante 23 anos, ele se dedicou de corpo e alma a um grande número de atividades. Aos domingos expunha as Escrituras, livro após livro, na antiga Catedral de Saint Pierre. Durante a semana, ele e seus colegas faziam preleções bíblicas. Continuou escrevendo amplamente: comentários de quase toda a Bíblia, tratados sobre diversos temas, escritos litúrgicos e confessionais e edições ampliadas das “Institutas”.

Além disso, recebia visitantes, correspondia-se com um grande número de pessoas, procurava aperfeiçoar a vida da igreja e da comunidade, e mantinha um estreito contato com os governantes civis da cidade, nem sempre simpáticos ao seu programa de reformas. No final da vida, inaugurou a Academia de Genebra (1559), inspirada na sua congênere de Estrasburgo e precursora da atual Universidade de Genebra. Morreu no dia 27 de maio de 1564, com quase 55 anos. Em muitas de suas obras se pode ver um símbolo que sintetiza o alvo predominante de sua vida: um coração sobre uma mão aberta tem ao seu redor as palavras latinas: “Cor meum tibi offero Domine prompte et sincere” -- “O meu coração a ti ofereço, ó Senhor, de modo pronto e sincero”.

Contribuição permanente
Apesar de suas limitações e falhas, reconhecidas por seus simpatizantes, Calvino deixou um legado extremamente valioso em muitos aspectos. Seus contatos pessoais e vasta correspondência promoveram a causa da Reforma em muitas regiões da Europa. Suas ideias tiveram repercussão mais ampla que as de qualquer outro reformador, levando ao surgimento de igrejas protestantes na França, Países Baixos, Leste Europeu e Ilhas Britânicas. Até mesmo o Brasil sentiu os efeitos de suas ações. Na década de 1550, o vice-almirante Nicolas Durand de Villegaignon escreveu a Calvino e à Igreja de Genebra solicitando o envio de reformados para a pequena colônia que havia fundado no Rio de Janeiro -- a França Antártica. Os treze “huguenotes” vindos da Europa realizaram o primeiro culto protestante das Américas (10 de março de 1557), procuraram evangelizar os indígenas e produziram um belíssimo documento -- a “Confissão de Fé da Guanabara”.

Além de sua visão estratégica e do seu trabalho diplomático, Calvino deu outras contribuições singulares à igreja e à sociedade. Ele foi, antes de tudo, um homem plenamente devotado ao estudo e exposição cuidadosa das Escrituras. Para tanto, desenvolveu normas salutares de interpretação (método histórico-gramatical), evitando os extremos que via ao seu redor, como a alegorização ou espiritualização do texto bíblico. É por isso que hoje, tanto tempo mais tarde, seus comentários, preleções e sermões continuam sendo publicados e lidos com interesse. O reformador trouxe também aportes significativos ao campo da teologia pastoral, com sua ênfase na educação cristã, no aconselhamento e na disciplina em moldes bíblicos. Seu conceito de um quádruplo ministério (pastores, mestres, presbíteros e diáconos) tem exercido uma influência benéfica sobre muitas igrejas.

Embora controvertido em alguns pontos, o legado mais rico e duradouro de Calvino é a sua reflexão teológica. Partindo da verdade basilar da soberania de Deus sobre toda a realidade e da ideia conexa de que tudo deve ser feito para a glória de Deus (“soli Deo gloria”), o reformador desenvolveu uma cosmovisão, ou seja, uma concepção abrangente e integrada sobre a vida e o mundo. Se o Deus trino é o Senhor de tudo, então a fé cristã tem implicações para todas as áreas da existência: família, casamento, trabalho, questões sociais, política, cidadania, arte e ciência. Daí as ideias e ações concretas de Calvino em todos esses campos, posteriormente ampliadas por seus herdeiros. Um bom exemplo foi o que aconteceu no âmbito da educação, no qual os calvinistas têm dado uma de suas mais valiosas contribuições à sociedade, por meio da criação de inúmeras escolas e universidades. O pensamento econômico e social calvinista contribuiu para a consolidação de valores e instituições fundamentais do mundo moderno.

Conclusão
Um fenômeno que tem ocorrido nas últimas décadas em muitas igrejas é a redescoberta de Calvino. Não somente um grande número de reformados têm buscado reapropriar-se do seu legado, mas também pessoas e comunidades de outras tradições, inclusive pentecostais. E as razões para isso são claras: o reconhecimento do caráter profundamente bíblico e coerente da teologia calvinista; o fato de ser um sistema doutrinário que dá a Deus o seu legítimo lugar no centro da vida e do culto; a sua solidez testada pelo tempo, em contraste com os modismos teológicos e comportamentais surgidos ao gosto do consumidor. Basta indagar quais dos “ismos” que atualmente pululam nos meios evangélicos ainda merecerão a atenção das pessoas daqui a 500 anos, caso o mundo chegue até lá.

Calvino não foi um autor inspirado no mesmo sentido que os autores bíblicos, nem suas ideias são perfeitas e infalíveis. Todavia, ele foi um dos melhores mestres que Deus deu à sua igreja nos últimos séculos. Como afirmou a autora Thea Van Halsema, concluindo uma biografia do reformador: “As ideias e obras do homem de Genebra continuam poderosamente vivas através dos séculos. Inspiradas pela Palavra viva, elas penetraram em todo o mundo cristão. Por intermédio delas o pregador de Saint Pierre tem ensinado e moldado a igreja de Cristo. Ele tem falado nas vidas de homens e de nações”.


Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja pela Universidade de Boston e historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil. É autor de A Caminhada Cristã na História e “Os Pioneiros Presbiterianos do Brasil”.
asdm@mackenzie.com.br

sábado, 8 de agosto de 2009

"Homossexuais podem mudar"


Entrevista à Revista Veja

A psicóloga repreendida pelo conselho federal por anunciar que muda
a orientação sexual de gays diz que ela é quem está sendo discriminada.

Aceitar as diferenças e entender as variações da sexualidade são traços comuns das sociedades contemporâneas civilizadas. A psicóloga Rozângela Alves Justino, 50, (...) Formada em 1981 pelo Centro Universitário Celso Lisboa, do Rio de Janeiro, com especialização em psicologia clínica e escolar, ela considera a homossexualidade um transtorno para o qual oferece terapia de cura. Na semana passada, foi censurada publicamente pelo Conselho Federal de Psicologia (formado, segundo ela, por muitos homossexuais "deliberando em causa própria") e impedida de aceitar pacientes em busca do "tratamento". Solteira, dedicada à profissão e fiel da Igreja Batista, Rozângela diz que ouviu um chamado divino num disco de Chico Buarque e compara a militância homossexual ao nazismo. Só se deixa fotografar disfarçada, por se sentir ameaçada, e faz uma defesa veemente de suas opiniões.

A senhora acha que os homossexuais sofrem de algum distúrbio psicológico? O Conselho Federal de Psicologia não quer que eu fale sobre isso. Estou amordaçada, não posso me pronunciar. O que posso dizer é que eu acho o mesmo que a Organização Mundial de Saúde. Ela fala que existe a orientação sexual egodistônica, que é aquela em que a preferência sexual da pessoa não está em sintonia com o eu dela. Essa pessoa queria que fosse diferente, e a OMS diz que ela pode procurar tratamento para alterar sua preferência. A OMS diz que a homossexualidade pode ser um transtorno, e eu acredito nisso.


O que é não estar em sintonia com o seu eu, no caso dos homossexuais? É não estar satisfeito, sentir-se sofrido com o estado homossexual. Normalmente, as pessoas que me procuram para alterar a orientação sexual homossexual são aquelas que estão insatisfeitas. Muitas, depois de uma relação homossexual, sentem-se mal consigo mesmas. Elas podem até sentir alguma forma de prazer no ato sexual, mas depois ficam incomodadas. Aí vão procurar tratamento. Além disso, transtornos sexuais nunca vêm de forma isolada. Muitas pessoas que têm sofrimento sexual também têm um transtorno obsessivo-compulsivo ou um transtorno de preferência sexual, como o sadomasoquismo, em que sentem prazer com uma dor que o outro provoca nelas e que elas provocam no outro. A própria pedofilia, o exibicionismo, o voyeurismo podem vir atrelados ao homossexualismo. E têm tratamento. Quando utilizamos as técnicas para minimizar esses problemas, a questão homossexual fica mínima, acaba regredindo.


Há estudos que mostram que ser gay não é escolha, é uma questão constitutiva da sexualidade. A senhora acha mesmo possível mudar essa condição? Cada um faz a mudança que deseja na sua vida. Não sou eu a responsável pela mudança. Conheço pessoas que deixaram as práticas homossexuais. E isso lhes trouxe conforto. Conheço gente que também perdeu a atração homossexual. Essa atração foi se minimizando ao longo dos anos. Essas pessoas deixaram de sentir o desejo por intermédio da psicoterapia e por outros meios também. A motivação é o principal fator para mudar o que quiser na vida.


A senhora é heterossexual? Sou.
Pela sua lógica, seria razoável dizer que, se a senhora quisesse virar homossexual, poderia fazê-lo. Eu não tenho essa vivência. O que eu observei ao longo destes vinte anos de trabalho foram pessoas que estavam motivadas a deixar a homossexualidade e deixaram. Eu conheço gente que mudou a orientação sem nem precisar de psicólogo. Elas procuraram grupos de ajuda e amigos e conseguiram deixar o comportamento indesejado. Mas, sem dúvida, quem conta com um profissional da área de psicologia tem um conforto maior. Eu sempre digo que é um mimo você ter um psicólogo para ajudá-lo a fazer essa revisão de vida. As pessoas se sentem muito aliviadas.


Esse alívio não seria maior se a senhora as ajudasse a aceitar sua condição sexual? Esse discurso está por aí, mas não faz parte do grupo de pessoas que eu atendo. Normalmente, elas vêm com um pedido de mudança de vida.


Se um homem entrar no seu consultório e disser que sabe que é gay, sente desejo por outros homens, só precisa de ajuda para assumir perante a família e os amigos, a senhora vai ajudá-lo? Ele não vai me procurar. Eu escolho os pacientes que vou atender de acordo com minhas possibilidades. Então, um caso como esse, eu encaminharia a outros colegas.


Não é cruel achar que os gays têm alguma coisa errada? O que eu acho cruel é ser uma profissional que quer ajudar e ser amordaçada, não poder acolher as pessoas que vêm com uma queixa e com um desejo de mudança. Isso é crueldade. Eu estou me sentindo discriminada. Há diversos abaixo-assinados de muitas pessoas que acham que eu preciso continuar a atender quem voluntariamente deseja deixar a atração pelo mesmo sexo.


Por que a senhora acha que o Conselho Federal de Psicologia está errado e a senhora está certa? Há no conselho muitos homossexuais, e eles estão deliberando em causa própria. O conselho não é do agrado de todos os profissionais. Amanhã ele muda. Eu mesma posso me candidatar e ser presidente do Conselho de Psicologia. Além disso, esse conselho fez aliança com um movimento politicamente organizado que busca a heterodestruição e a desconstrução social através do movimento feminista e do movimento pró-homossexualista, formados por pessoas que trabalham contra as normas e os valores sociais.


Gays existem desde que o mundo é mundo. Aparecem em todas as civilizações. Isso não indica que é um comportamento inerente a uma parcela da humanidade e não deve ser objeto de preconceito? Olha, eu também estou sendo discriminada. Estou sofrendo preconceito. Será que não precisaria haver mais aceitação da minha pessoa? Há discriminação contra todos. Em 2002, fiz uma pesquisa para verificar as violências que as pessoas costumam sofrer, e o segundo maior número de respostas foi para discriminação e preconceito. As pessoas são discriminadas porque têm cabelo pixaim, porque são negras, porque são gordas. Você nunca foi discriminada?


Não como os gays são. Não? Nunca ninguém a chamou de nariguda? De dentuça? De magrela? O que quero dizer é que as pessoas que estão homossexuais sofrem discriminação como todas as outras. Eu tenho trabalhado pelos que estão homossexuais. Estar homossexual é um estado. As pessoas são mulheres, são homens, e algumas estão homossexuais.


Isso não é discriminação contra os que são homossexuais e gostam de ser assim? Isso é o que você está dizendo, não é o que a ciência diz. Não há tratados científicos que digam que eles existem. Eu não rotulo as pessoas, não chamo ninguém de neurótico, de esquizofrênico. Digo que estão esquizofrênicos, que estão depressivos. A homossexualidade é algo que pode passar. Há um livro do autor Claudemiro Soares que mostra que muitas pessoas famosas acreditam que é possível mudar a sexualidade. Entre eles Marta Suplicy, Luiz Mott e até Michel Foucault, todos historicamente ligados à militância gay.


Quantas pessoas a senhora já ajudou a mudar de orientação sexual? Nunca me preocupei com isso. Psicólogo não está preocupado com números. Eu vou fazer isso a partir de agora. Vou procurar a academia novamente. Vou fazer mestrado e doutorado. Até hoje, eu só me preocupei em acolher pessoas.


O que a senhora faria se tivesse um filho gay? Eu não teria um filho homossexual. Eu teria um filho. Eu iria escutá-lo e tentaria entender o que aconteceu com ele. Os pais devem orientar os filhos segundo seus conceitos. É um direito dos pais. Olha, eu quero dizer que geralmente as pessoas que vivenciam a homossexualidade gostam muito de mim. E também quero dizer que não sou só eu que defendo essa tese. Apenas estou sendo protagonista neste momento da história.


A senhora se considera uma visionária? Não. Eu sou uma pessoa comum, talvez a mais simplesinha. Não tenho nenhum desejo de ficar famosa. Nunca almejei ir para a mídia, ser artista, ser fotografada.


A senhora já declarou que a maior parte dos homossexuais é assim porque foi abusada na infância. Em que a senhora se baseou? É fato que a maioria dos meus pacientes que vivenciam a homossexualidade foi abusada, sim. Enquanto nós conversamos aqui, milhares de crianças são abusadas sexualmente. Os estudos mostram que os abusos, especialmente entre os meninos, são muito comuns. Aquelas brincadeiras entre meninos também podem ser consideradas abusos. O que vemos é que o sadomasoquismo começa aí, porque o menino acaba se acostumando àquelas dores. O homossexualismo também.


A senhora é evangélica. Sua religião não entra em atrito com sua profissão? Não. Sou evangélica desde 1983. Nos anos 70, aconteceu algo muito estranho na minha vida. Eu comprei um disco do Chico Buarque. De um lado estavam as músicas normais dele. Do outro, em vez de tocar Carolina, vinha um chamamento. Eram todas canções evangélicas. Falavam da criação de Deus e do chamamento da ovelha perdida. Fui tentar trocar o LP e, na loja, vi que todos os discos estavam certinhos, menos o meu. Fiquei pensando se Deus estava falando comigo.


O espírito cristão não requer que os discriminados sejam tratados com maior compreensão ainda? Se eu não amasse as pessoas que estão homossexuais, jamais trabalharia com elas. Até mesmo os ativistas do movimento pró-homossexualismo reconhecem o meu amor por eles. Sempre os tratei muito bem. Sempre os cumprimentei. Na verdade, eles me admiram.


Que poder exatamente a senhora atribui a esses ativistas pró-homossexualismo? O ativismo pró-homossexualismo está diretamente ligado ao nazismo. Escrevi um artigo em que mostro que os dois movimentos têm coisas em comum. Todos os movimentos de desconstrução social estudaram o nazismo profundamente, porque compartilham um ideal de domínio político e econômico mundial. As políticas públicas pró-homossexualismo querem, por exemplo, criar uma nova raça e eliminar pessoas. Por que hoje um ovo de tartaruga vale mais do que um embrião humano? Por que se fala tanto em leis para assassinar crianças dentro do ventre da mãe?
Porque existe uma política de controle de população que tem por objetivo eliminar uma parte significativa da nação brasileira. Quanto mais práticas de liberação sexual, mais doenças sexualmente transmissíveis e mais gente morrendo. Essas políticas públicas todas acabam contribuindo para o extermínio da população. Essas pessoas que estão homossexuais estão ligadas a todo um poder nazista de controle mundial.


Não há certo exagero em comparar a militância homossexual ao nazismo? Bom, se você acha que isso pode me prejudicar, então tire da entrevista. Mas é a realidade.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Conselho pune psicóloga que diz curar homossexuais


O Conselho Federal de Psicologia puniu, na sexta-feira, 31 de julho, a psicóloga Rozângela Alves Justino, há 28 anos na profissão, com censura pública. A psicóloga entende que a homossexualidade pode ser curada.

Com a punição, mais branda do que a cassação do registro profissional, Rozângela poderá atuar como psicóloga, mas terá que rever sua prática para não infringir o Código de Ética da Psicologia e a resolução do Conselho, de 1999. A resolução afirma que a homossexualidade não constitui doença, distúrbio ou perversão.

Na interpretação do Conselho, Rozângela, que trabalha no Rio de Janeiro, demonstrou tratar a homossexualidade como uma doença ao oferecer terapia para que gays passassem a ser heterossexuais.

“Estou me sentindo amordaçada e impedida de ajudar as pessoas que, voluntariamente, desejam largar a atração por pessoas do mesmo sexo”, disse a psicóloga à imprensa. Ela anunciou que vai ignorar a decisão do Conselho.

O presidente do Conselho federal, Humberto Verona, argumentou que Rozêngela foi condenada com censura pública “para que toda a sociedade tenha conhecimento e ela não repita essa prática. Havendo insistência, ela vai arcar com todas as consequências”.

Os nove conselheiros votaram, por unanimidade, pela censura pública à psicóloga carioca. O advogado de Rozângela informou que vai recorrer da decisão do Conselho.

O bispo da diocese anglicana dissidente do Recife, Robinson Calvacanti, solidarizou-se com a psicóloga cristã, encorajou-a a prosseguir o seu trabalho profissional e protestou contra “essa ato de perseguição, heterofóbico do Conselho Federal de Psicologia.”


Fonte: www.alcnoticias.org

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Movimento Pentecostal

Eis que surge um povo forte,
Revestido de poder;
E não teme nem a morte,
Quem a ele pertencer;
E terá sublime sorte,
Pois com Cristo ao céu vai,
Podes tu dizer também.
“Sou um dos tais”?
A teologia da prosperidade aburguesou o movimento pentecostal. Desfigurado, estou certo que os pioneiros pentecostais nunca pactuariam com a mensagem que gere cobiça. Aliás, denunciariam que o mundo entrou na igreja e que os pentecostais precisam ser renovados.
Ricardo Gondim

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O CRACK É O PAI DOS ÓRFÃOS


Já faz um bom tempo que eu não me pronunciava por escrito. Mas, em razão da boa entrevista que li no Jornal Mundo Jovem (edição julho de 2009) com Manoel Soares, jornalista e integrante da CUFA (Central Única das Favelas), resolvi me queixar.

O tema da entrevista é o crack, droga que está fazendo o maior sucesso entre a rapaziada aqui em Santa Cruz do Capibaribe, a ponto de uma autoridade do município, afirmar que temos quase 200 bocas.

Soares classifica o crack como o calcanhar de Aquiles de uma sociedade falida. Inicialmente, consumido, sobretudo, pelo usuário de baixa renda – já que é uma droga barata –, o crack, hoje, já atinge as demais camadas sociais, fragilizando famílias e provocando a destruição de lares e do futuro da juventude.
É necessário dizer que, apesar dos danos causados por ele, assim como outras drogas (lícitas ou ilícitas), o crack gera um prazer momentâneo muito intenso no corpo humano. Assim, leva o usuário a preencher o vazio da alma, principalmente, entre outros fatores, daqueles que são órfãos de pais vivos.
Na busca desenfreada por bens materiais, os pais tem se esquecido de dar a atenção necessária ao desenvolvimento dos filhos, criando-os com pouca, ou nenhuma, relação afetiva e sem se importar com a existência deles, porque não tem tempo pra eles. Proporcionam-lhes bens materiais, mas o afeto é negligenciado.

Precisamos voltar atrás e rever os nossos valores. Perguntar sempre: Como é que estou educando meu filho? Como se encontra o meu relacionamento com ele/ela?
A família, ainda, é a instituição capaz de produzir base psicológica e emocional para o jovem. Contudo, se a nossa relação for construída na base do consumo, o carinho e o afeto forem substituídos pelo celular de última geração, pela moto nova (mesmo que ele não tendo idade para pilotar) ou por outro objeto qualquer como formas de compensação da nossa ausência, estaremos industrializando as nossas relações humanas. “Aí, meu velho” não haverá saída! O menino ou a menina acostumados a industrializar as suas sensações, poderão satisfazer-se através do cracK.
Moisés Américo

domingo, 2 de agosto de 2009

Muçulmanos em cólera


Muçulmanos em cólera mataram neste sábado seis cristãos e feriram outros dez acusados de blasfêmia, após queimarem uma igreja e cerca de 40 casas na cidade de Gojra, no oeste do Paquistão, informaram fontes oficiais. "Seis cristãos, incluindo uma criança, foram mortos e cerca de dez ficaram feridos neste triste incidente", disse à AFP o ministro das Minorias, Shahbaz Bhatti. "Tenho informações de que foram queimados vivos", lamentou o ministro.

Segundo Bhatti, os cristãos foram atacados por "um grupo de pessoas" de Gojra, 160 km a oeste de Lahore, sob a acusação "infundada" de blâsfêmia contra o alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos. "Acusaram os cristãos de profanar o Alcorão, mas isto não tem fundamento".


Um desentendimento entre cristãos e muçulmanos em torno do alcorão havia agitado Gojra no final de julho, mas o caso parecia resolvido, segundo a polícia. "De acordo com nossas informações (...) parece que isto foi provocado pelo mesmo problema", declarou o chefe local da polícia, Inkisar Khan. A TV paquistanesa mostrou imagens da polícia utilizando bombas de gás lacrimogêneo para dispersar uma multidão em cólera.

A profanação do alcorão é passível de pena de morte no Paquistão, onde o islamismo é a religião dominante. Os cristãos, que representam menos de 3% da população, afirmam que as leis contra a blasfêmia são utilizadas para reprimir sua comunidade.