sábado, 11 de junho de 2011

Carta aberta de Ricardo Gondim



Minhas coragens não tão corajosas

Tornei-me alvo de todos os crivos. Depois de devidamente rotulado, sinto-me dissecado, espiritual, moral e psicanaliticamente. Pessoas que não me veem há décadas, se sentem com liberdade de diagnosticar o que “vem acontecendo com o Gondim”. Não há como negar que me sinto incômodo com achômetros.

Faltam-me argumentos. Como explicar que não perdi a fé, que não apostatei, que não estou na ladeira do inferno e que não sou um Belzebu? Diante de juízos subjetivos, melhor calar. Não vale sequer lembrar que a tarefa de separar trigo e joio, sempre delicada, Deus reservou aos anjos e, ainda assim, para o fim dos tempos. Como justificar-me diante da presunção de que não há outro caminho para a espiritualidade que não seja o pacotão doutrinário, que os evangélicos se consideram legítimos guardiões?

Um rapaz de apenas 24 anos mandou-me uma mensagem insolente, mal educada. Notei que ele era apenas dois anos mais velho que o Pedro, meu filho. A princípio, meu estômago embrulhou; depois, uma leve taquicardia fez meu coração perder o ritmo. Logo, porém, pensei no futuro do jovem. Onde ele estará com a minha idade? Acalmei. E supliquei a Deus por sua alma.

Os dias são bicudos. Mas não vou fragilizar-me diante de algozes, ainda noviços na arte de difamar e enxovalhar. Não darei o privilégio de verem as lágrimas que derramo por escolher um caminho acidentado. Meus soluços, conhecem Deus, meu travesseiro e minha mulher. Permanecerei altivo em minhas colocações. Não, não me considero uma encarnação de Quixote. Minha altivez esconde o homem claudicante, fraco mesmo. Mas, à minha fraqueza, fiquem certos senhores e senhoras da reta doutrina, vocês nunca terão o privilégio de acessar.

Estou consciente de que devo explicações. Entretanto, antes de explicar-me, acredito que eu tenho que dar satisfações. Mas, dar satisfações a quem? Primeiro, à minha própria consciência. Devo trancar a porta do banheiro e, sozinho, olhar o que me espreita de dentro do espelho, e perguntar: “Aonde você quer chegar, cara?”. Beirando os 60, eu deveria já preparar-me para uma aposentadoria tranquila (eu sei que alguns torcem por isso). "Por que o risco de posicionar-se no que só traz prejuízo pessoal? Por que deixar as costas à mercê de quem maneja bem os punhais?". Respondo ao velhote que mira os meus olhos de dentro do espelho: “Faço o que faço pelo simples fato de querer ser coerente e honesto comigo mesmo e com Deus, que ergueu um tabernáculo em meu coração”.

Sei que é inútil o que vou dizer. Mesmo assim digo: Não desejo holofotes; eu já os tive. Não surfo no oportunismo midiático, em busca dos prosaicos quinze minutos de fama; eu sei azeitar um discurso pequeno-burguês e ganhar o favor de quem patrocina aventuras caríssimas na televisão. Conheço bem os truques do peleguismo religioso. Caminho nos corredores, sacristias e bastidores do meio desde a adolescência. Só que não consigo mais respirar esse ar viciado.

Por que falar em direitos civis de homossexuais? Pelo simples fato lembrar-me de Niemöller, o pastor luterano que bem expressou a passividade de sua geração quando a justiça foi pisoteada pelos nazistas: "Quando vieram atrás dos judeus, calei-me, pois não era um deles; quando vieram prender os comunistas, silenciei, eis que não era comunista; quando vieram em busca dos sindicalistas, calei-me, pois eu não era sindicalista; depois, vieram me prender, não havia mais ninguém para protestar e ninguém disse nada".

Não levanto a bandeira homossexual. Ela não é minha, eu não sou homossexual. Levando o estandarte do direito. Ele diz respeito não só aos homossexuais, mas aos religiosos, aos ateus, aos ciganos, aos deficientes. Quando a lei protege um segmento da sociedade, acaba por alcançar os que não fazem parte daquele segmento. Por que insisto em fazê-lo? Porque acredito que Jesus, o meu senhor e salvador, o faria.

Sim, concordo, tenho que dar explicações. Mas a quem? Devo explicações aos que acompanham as mudanças milimétricas que venho fazendo ao longo dos anos; pessoas que entendem as articulações que brotam de meus neurônios racionais e de minhas entranhas espirituais. Tenho certeza que elas se surpreenderiam se eu respondesse qualquer coisa diferente do que veio na entrevista. Prego todos os domingos e disponibilizo as mensagens na www.tvbetesda.com.br . Escrevo em um site/blog www.ricardogondim.com.br . Publiquei diversos livros. Meus pensamentos estão espalhados por aí. Meus parceiros não se assustaram com nada do que eu disse à Carta Capital. Pelo contrário, celebraram a oportunidade que tivemos de comunicar os valores do reino para outros que não fazem parte do movimento evangélico.

Por último, um hábil escritor sugeriu que eu estou em crise de fé. Eu sei que ele confunde fé com a aceitação da doutrina calvinista. Devo responder-lhe que tomo sua insinuação como insulto, mero xingamento. Reconheço, igualmente, que os rótulos de estar alinhando ao teísmo aberto, de ser liberal, humanista, ateu, para mim, não passam de simplificações de quem desejava calar-me. Alguns intuíram que seus discursos já não se sustentam diante da realidade concreta das pessoas, por isso, buscam desqualificar-me. Deixo claro: não retrocederei, mesmo xingado. Não há como voltar; puxei um novelo de significados e sentidos e estou fascinado com os fios. Cada nova descoberta me leva para mais perto de mim, do meu próximo e de Deus. Agora vou até o fim.

Ricardo Gondim
Soli Deo Gloria

Somos uma grande farsa



Por:
Alex Carrari

“Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” Mt 15.7-9

Salvo alguns que não se dobraram a baal, somos todos uns canalhas. Eu, você, nós todos somos uma grande farsa, a maior de todas as farsas. E sabe por quê?

Organizamos nossas vidas de modo que tenhamos o mínimo dispêndio com a garantia do maior e melhor retorno. Fingimos que somos de outra estirpe, a dos filhos prediletos. Como filhos prediletos, queremos ser restituídos, queremos de volta o que é nosso. Rejeitamos todo mal, declaramos a nossa vitória, quebramos todas as correntes, exigimos nossa benção, sacudimos o inferno, não por sermos de Espírito libertário, muito menos altruístas; reagimos às ameaças negativas do “no mundo tereis aflições”como bons invólucros do espírito do capitalismo, do que é nosso e ninguém tasca, sendo essa nossa ética gospelizante. Dos nossos guetos, claustros protegidos por hostes angélicas imaginárias, estabelecemo-nos nas estatísticas do emergente mercado com produtos alinhados com o exigente gosto do consumidor evangélico. “Enfim uma linha de produtos com a nossa cara” declara a perua de Jesus.

A cruz da vergonha, símbolo de assombro, pedestal do maldito, foi estampada com alegres cores e as vendas alavancaram. O peixinho antes solitário na rabeira dos carros agora endossa Filipenses 4.13, assim, não se dá satisfação para o significado de um ao passo que ninguém se atenta para o versículo anterior do outro. Podemos então astutamente declarar “tudo posso naquele que me fortalece” depurando nossa ganância, afinando o mau senso de que temos o rei na barriga. Na cara dura agradecemos a Deus por nossos sonhos de consumo se realizarem, mesmo que uma pequena – ou grande dependendo da gula do fiel – barganha tenha sido requerida para a liberação das bênçãos. A campanha dos vinte e um dias de Daniel não costuma falhar com aqueles que são, digamos mais liberais nas contribuições. Jesus é nosso chapa, e Deus dá honra a quem tem honra é o ditado e pretexto.

Comer a carne e beber o sangue do Filho do Homem é demais para nosso paladar requintado, queremos os manjares de Nabucodonozor, basta obedecer o Cristo em outra instância – que não a de tomar a cruz diária – e comeremos do melhor desta terra. A promessa concreta que é “Cristo em nós esperança da glória”, que permeia a história do Antigo e Novo Testamento, foi dissolvida, perdeu seu caráter e virou qualquer coisa, quem tiver a mais criativa imaginação que molde e determine a sua. Deus é Deus de promessa “mer mão” vocifera em saltos histéricos o pastor que se gabou de comprar um jato pela “pequena bagatela” de
doze milhões de reais com o dinheiro sabe de quem?

O mandamento era ide e fazei discípulos, e o que fizemos? Cínico proselitismo. E sabe por quê? Porque somos uma farsa e já percebemos isso, nossa casa caiu. Então arregimentamos novas “almas” para compor uma sofisticada logística do entretenimento em que o evangelho é servido via fast food, e a igreja para não ir a bancarrota por causa de sua insipidez importa fórmulas de crescimento, franquias norte-americanas compondo o pacote camisetas, canecas, bonés, manuais de auto-ajuda e sermões previamente arranjados. Somos uma farsa denunciada por nossos projetos megalomaníacos, mega-templos – com loja de conveniência e chafariz –, marcha para Jesus – ufanismo quantitativo –, assistência social – desencargo de consciência e escape do sentimento de culpa por sermos avarentos e egoístas –, descaso com missões – o que importa são as almas –, discipulado – catecismo de cacoetes, novas manias e antigas neuroses.

Criamos uma bem guardada resistência às histórias de sofrimento alheio quando o assunto é padecer pela causa do Cristo. A emoção corre solta durante o testemunho do missionário, e dura até no máximo a primeira oração da próxima reunião, quando o mundo volta a girar em torno do centro da terra, o umbigo das nossas panças bem forradas. Histórias como da pequena Nina de dois anos que vive com seus pais missionários embrenhada nas matas entre os ribeirinhos do amazonas, que está vomitando a dias com suspeita de algum parasita ter tomado sua barriga, é exemplo sabe pra que? Sabe qual a grande lição que guardamos das crianças ribeirinhas que adquirem doenças desconhecidas por comerem peixes contaminados por não terem outra opção? Que Deus é bondoso conosco e nos garante comida limpa e mesa farta – afinal o justo não mendiga o pão. Que esse é um forte indício para acolhermos nossos bens de consumo e agradecer a Deus por nossos filhos estarem a salvo dos perigos da pobreza.

No caso de sermos acusados por nossa própria consciência – o juiz que Deus nos colocou no íntimo – de que algo nessa trama não se harmoniza com as palavras do Nazareno, somos confortados com saídas bem satisfatórias, tipo: Deus tem um propósito nisso, ou, foram predestinados para esse fim, ou ainda, não chegou o tempo de Deus na vida desses coitados.
O drama de Nina é um dentre tantos dramas contados por aí sobre os que pagam um alto preço por proclamar a rude cruz com todas as suas implicações, que deveria deixar-nos envergonhados por habitarmos em belas e espaçosas casas, por termos comida boa, roupa nova, plano de saúde, igreja com banco confortável, projetos, sonhos, canecas, bonés e camisas floridas estilo Rick Warren.

Deveríamos nos arrepender por comermos contra-filé e tomarmos Coca diet enquanto nas eiras do norte e nordeste comunidades inteiras comem bife de cacto não sem antes beber a água. Nossa cara deveria enrubescer por um missionário ter seu sustento – que é ínfimo, migalhas que caem da mesa de seus donos – ser desconsiderado como prioridade porque outros projetos institucionais são de maior importância e urgência. Por projetos institucionais entenda a construção do mega-templo, o aumento do salário de parlamentar do pastor, o gasto com propaganda midiática da denominação, a manutenção do conforto dominical do contribuinte-consumidor, importação de produtos da franquia, etc.

Julgamos ser assunto de primeira ordem a conservação do excedente dos nossos luxos e prazeres inúteis. Morreremos pela boca, já que com a boca distorcemos o discurso do Cristo para satisfazer nossos prazeres e deleites quando pedimos o que não se deve pedir. Pedimos mal e nos prostramos sobre a proposta do tentador que habita em nós. Queremos tudo e tudo nos será dado se prostrados adorarmos o lado enegrecido da nossa alma. Desconfiados de que amanhã o maná não cairá, estocamos hoje o da semana e quando percebemos que a sobra azedou fazemos caridade com a comida que já não presta. Não há em nosso discurso e prática, equivalente lingüístico nem espaço físico para o nós, tampouco para o nosso. É o meu milagre, a minha vitória, a minha benção, eu, meu, eu, meu, meu, minha, meu, minha... É só crer e não duvidar que hoje o meu milagre vai chegar.

Do conselho de Paulo “Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros” só consideramos o que do outro eu também almejo, seus bens de consumo. Com a cara lavada somos gratos a Deus por nosso padrão de vida estar se elevando ao passo que indiretamente afirmamos que Deus faz acepção de pessoas, já que pra mim aqui no sudeste é prometido uma terra que mana leite e mel, enquanto no norte e nordeste outros comem cacto não sem antes beber a água.

Somos a maior farsa de todas, pois, corrompemos a maior história de todas. Por conveniência dizemos coisas que o Cristo não disse e omitimos outras que ele disse. Caso nossa estabilidade e tranqüilidade – que com muito custo conquistamos domingo a pós domingo, mensagem após mensagem, louvor após louvor, dízimo após dízimo – seja de alguma forma ameaçada sacamos logo de uma fala de Jesus e entoamos um mântra para amarrar todo mal. Assim proclamamos, por uma questão muito mais de fazer novos prosélitos e mostrar que detemos o monopólio da verdade do que propriamente amor ao outro, um Jesus que nunca conhecemos.

Diógenes circula com uma lanterna no meio dos crentes em pleno meio dia procurando algum sábio sem que o possa achar.
Os sábios não estão entre nós, estão existencialmente no exílio, onde até as pedras estão clamando. Elias não fazia a menor idéia, mas sete mil ainda não tinham se dobrado, pois estes estavam fora do grande eixo, não possuíam nome nem imagem. Deus não esta no templo. Deus clama no deserto e o batista lhe empresta a voz.

O sal se tornou insípido. A luz está colocada de baixo do alqueire. A casa foi construída na areia. O Cristo está à porta, mas não lhe abrimos passagem. E juramos de pé junto com base nas estatísticas que estamos certos.

sábado, 4 de junho de 2011

"LEVITAS" OU "LEVADOS"?


Por

Antônio Pereira da Costa Júnior*

“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.

(João 4.23)

Não existem mais adoradores como antigamente. Uma grande parte dos chamados “levitas” de hoje desconhecem os princípios elementares das Escrituras; não sabem tocar, não analisam o que cantam e o melhor que fazem é pavonearem-se nos cultos. Muitos deles são alimentados pelos holofotes de mega-igrejas, ou até mesmo de velas e candelabros de razoáveis congregações. Eles coam mosquitos e engolem camelos. E o único compromisso que tem é com eles mesmos.

Alguns se acham “levitas”, mas são, de fato, “levados”. Levados em dois sentidos: o primeiro, no sentido de serem desobedientes e arrogantes, como meninos insubmissos que são. São “levitas” enquanto estão tocando, terminando o compromisso, saem do templo e abandonam a adoração. Grande parte deles vive dando trabalho aos pastores e líderes. E se algum ministro tira o pirulito de suas bocas malditas logo eles fazem uma rebelião, à semelhança de Lúcifer, mas tendo um melhor resultado do que este, pois, não são expulsos, e sim, expulsam tais pastores que ousaram mexer no “status quo”.

E o que mais me impressiona é a falta total de discernimento dos membros idiotados das igrejas. Para estes, basta ouvir alguma música bem tocada que acham que isso é adoração. Aplaudem, dão glória, e não percebem que a única glória que estão dando é para os "levitas". Alimentando assim a doença e causando uma grengena maior ainda na adoração, que tem de tudo, menos a presença de Deus.

Num segundo sentido, são levados por vozes discordantes da igreja hodierna, pois acompanham as ondas e manias gospels da atualidade. São levados pela música da moda, com belas harmonias, mas sem letra. São levados pelo "hit" do momento, alimentando o "Show da Fé". Pelo grupo famoso que vende milhões de cópias a cada turnê. Daí, as vozes e “ministração” dos “levitas” têm que parecer com aqueles, pois “libera” a unção. São robôs programados para entreter as cabeças ocas da igreja evangélica no Brasil. E com isso, criando mais um círculo vicioso do mundo gospel.Se existem "levitas" assim é porque existem pessoas dispostas a alimentar o circo. Pois o que o povo "crstão" precisa é de pão e circo.

No entanto, a Palavra nos ensina a prestarmos um culto digno ao Senhor, com salmos, hinos e cânticos espirituais (Ef 5.18-20; Cl 3.16). O “levita” – se é que podemos chamá-los assim, pois os modernos diferem em muito daqueles do Antigo Testamento – é simplesmente um servo; deve ser a luz do mundo e o sal da terra e não aquele que sobe no pedestal da glória humana esperando receber ovações.

Um exemplo interessante é que num site de um cantor gospel famoso, cujas músicas eu particularmente gosto, da maioria delas, existem algumas exigências, dignas de astros da música secular, para que ele possa “louvar”. O que ele chama de “nossas necessidades”, são elas:

- Transporte terrestre e/ou Transporte aéreo;

- Traslado durante o período em que estiver a disposição da programação;

- Hospedagem de toda a equipe em hotel;

- Alimentação (incluindo água no interior do hotel sem que arquemos no momento do check-out);

- Estrutura do evento (palco, som, iluminação, modelo de teclado solicitado pelo escritório, a bateria também tem que ser aquela solicitada pelo escritório)

- E: Outras necessidades serão passadas após o preenchimento do formulário.

Fora o “cachê” para o mesmo poder marcar presença. "Adorar a Deus". Que Deus? Mamon? Ou como diria os Paralamas do Sucesso: "A arte de viver da fé. Só não se sabe fé em quê".

Mas, creia, não sou pessimista, nem tudo está perdido. Ainda existem grupos, cantores, músicos e servos que ainda prezam pelo compromisso com Deus. Existem hinos, embora cada vez mais raros, que ainda glorificam ao Senhor e são recheados da Palavra. Através dos verdadeiros adoradores o Espírito Santo ainda fala aos nossos corações. São adoradores compromissados com o Eterno que Ele se agrada. Pois, “o Pai procura a tais que assim o adorem”.

O Pai “procura” verdadeiros adoradores. Você entende isso? A busca não é humana. Não depende de talentos, dinheiro, instrumentos musicais, templo climatizado, beleza ou qualquer qualidade inerente no homem como um todo. Alguns “levitas” acham que por se pavonearem-se na adoração, Deus irá receber seus louvores. Precisamos entender também, como homens falhos que somos, que o compromisso é com o Eterno e não com nosso ego. O nosso compromisso é com o Senhor e ninguém mais.

Creio, repito, através dos verdadeiros adoradores o Espírito Santo ainda fala ao nosso coração. São adoradores compromissados com o Pai que Ele se agrada. Pois, “o Pai procura a tais que assim o adorem”. A minha oração é que cada “levita” possa dizer com sinceridade: “Que Ele cresça e que eu diminua”.

Adora-se a Deus não pelo que Ele nos dá, mas por quem Ele é. Portanto, que toda a glória, adoração, poder, honra e louvor seja dele, e apenas dele, a quem devemos tudo, para sempre. Chega de tantos levitas levados. Que Deus tenha misericórdia de todos. Amém.

SOLI DEO GLORIA NUNC ET SEMPER

Pr. Antônio Júnior

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Marta Suplicy, Senador evangélico Marcelo Crivella e líder da Associação de Gays se reunem e criam novo texto da PLC 122

Os senadores Marta Suplicy (PT-SP), Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Demóstenes Torres (DEM-GO) reuniram-se na tarde desta terça-feira (31) para discutir uma alternativa ao texto do PLC 122/2006, que criminaliza a homofobia. O novo texto, resultante do acordo feito na reunião, está sendo escrito e será divulgado após a aprovação dos senadores e do presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, que também participou da reunião.

De acordo com a relatora do texto na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), Marta Suplicy, uma das principais mudanças será no artigo que pune a discriminação ou preconceito pela orientação sexual. A nova redação, segundo a relatora, vai prever punição apenas àqueles que induzirem a violência.

- O projeto contemplou a todos os que estavam ali: o Toni Reis, da ABGLT, o senador Demóstenes, que queria dar constitucionalidade ao projeto, e o senador Crivella, que queria a proteção aos pastores e à liberdade de expressão – explicou a senadora.

O ponto que causou a maior polêmica na discussão do projeto foi a liberdade de expressão dos religiosos, que alegavam que qualquer manifestação contra a homossexualidade poderia ser caracterizada como discriminação ou preconceito. Uma emenda chegou a ser acrescentada pela relatora ao texto para garantir essa liberdade, mas o projeto acabou retirado da pauta da CDH no último dia 12 para maior discussão.

De acordo com Crivella, não é necessário prever no projeto a punição à discriminação contra os homossexuais porque isso já é contemplado no Código Penal, com a previsão do crime de injúria. Segundo o senador, o novo texto está sendo elaborado com base em uma proposta alternativa de sua autoria, que puniria a discriminação em hipóteses especificadas.

- Qualquer discriminação de acesso ao comércio, de direito no trabalho ou qualquer ato de violência praticado contra a orientação sexual seria punida pela lei – explicou o senador.

Discordâncias

Crivella afirmou que o projeto em discussão é novo e que poderá “enterrar” de vez o PLC 122.

- Acredito que a gente consiga enterrar o PLC 122. Eu tenho firmes esperanças de que nós vamos enterrá-lo a sete palmos. Tenho esperança também de que possamos fazer uma lei boa como essa que eu propus, que não é uma lei só para o homossexual. Ela também pune os crimes contra heterossexual – explicou.

Marta Suplicy, no entanto, disse que o texto não representa um novo projeto, e sim alterações ao PLC 122 nos pontos em que havia maior resistência.

- Eu pedi para ele [Crivella], em homenagem à [ex-deputada] Iara Bernardi, que fez o projeto original, e à [ex-senadora] Fátima Cleide, que ficou cinco anos aqui no Senado, que mantivéssemos o projeto original com todos os adendos, tirando algumas coisas que eram do original. Isso eu acho que foi contemplado.

Aumento de penas

Ainda segundo a senadora, por sugestão de Demóstenes e Crivella, o novo texto vai incluir o aumento de penas para crimes já previstos no Código Penal, como homicídio e formação de quadrilha, quando resultantes de atos contra a orientação sexual. Marta disse que o texto está sendo colocado em “palavras jurídicas” e que representará um grande avanço, se houver consenso.

- Comemorar, só na hora que eles olharem a redação final e concordarem, mas acho que o avanço foi extraordinário e eu estou muito feliz – concluiu.

Fonte: Agência Senado

Domingo de Louvor e adoração com o Grupo Logos

Domingo dia 19 de junho
Local: Acampamento da 1ª Igreja Vale da Bênção

A Missão Evangélica Logos, cujo nome vem da palavra Grega “logos”, que significa “Palavra viva”, nasceu, oficialmente, em outubro de 1981, após o término do Grupo Elo.

Seus fundadores, Pr. Paulo Cezar e sua esposa Nilma Soares, oriundos da Igreja Congregacional de Campo Grande no Rio de Janeiro, estudaram no Seminário Bíblico Palavra da Vida em Atibaia-SP e participaram ativamente na implantação de uma igreja e na fundação e ministério da Editora Musical e Literária Elo.
Seus primeiros integrantes foram: Almir Navogim, Beatriz, Ângela e Mauro Aiello, que juntos ao casal Paulo Cezar e Nilma, provaram momentos de fé e dependência de Deus, encarando os desafios da obra iniciada. Depois, vieram: Temístocles , Traud , Arody , Ivan , Sílvio Robson e Wesley. E após estes, muitos outros que, de igual modo, serviram ou servem ainda ao Senhor neste ministério.

A Missão é representada pelo Grupo Logos, através de suas várias gravações e viagens evangelísticas dentro e fora do país.


“Doador pelo débito automático terá brinde de Jesus”


A Igreja Internacional da Graça de Deus iniciou recentemente uma nova opção para recolhimento de ofertas, agora o fiel pode doar mensalmente através de débito automático em sua conta bancária. A folha de cadastro está disponível nas igrejas e no site da denominação.

Em seu programa diário exibido no horário nobre da TV Band, o Missionário R. R. Soares, líder da denominação, afirma que quem se cadastra para dar a oferta mensalmente através de débito automático em sua conta irá ganhar “um brinde de Jesus”. No site da igreja também é falado no brinde, mas não cita qual será.

A denominação afirma que caso o doador não tenha saldo em conta no mês para dar a oferta automática, este não será incluido na lista negra de devedores como o SPC e o Serasa. O valor continuará a ser debitado da conta todo o mês normalmente sem acumulo por falta de pagamento.

A Igreja viabilizou a prática através de uma parceria com três grandes bancos atuantes no Brasil: Itaú, Banco do Brasil e Bradesco. Para doar basta acessar o site, imprimir e preencher a autorização e enviar para a Igreja Internacional da Graça.

Cartão de Crédito da Igreja Internacional da Graça de Deus

Outra proposta diferente da denominação do Missionário R. R. Soares é o “Cartão de Crédito da Igreja Internacional da Graça de Deus” (foto). O cartão foi criado em uma parceria com a bandeira Visa e está disponível nas versões nacional e internacional. Entre as vantagens que o “Cartão de Crédito da Igreja Internacional da Graça de Deus” concede estão pagar as compras em até 40 dias, financiar no crédito rotativo e fazer saques de emergência no Brasil e exterior.

Segundo a Igreja Internacional, o cartão “é mais uma forma de você contribuir com sua Igreja nas ações e obras sociais por ela conduzidas”.

Para obter maiores informações ou solicitar o cartão o fiel deve acessar o site da denominação e ter o crédito aprovado.

Fonte: Gospel+

O valor de um pastor


Enviado pelo Pr.n Joaquim de Paula Rosa

O valor de um pastor não é medido por sua popularidade, poder de persuasão ou quantidade de pessoas que atrai, mas sim por seu caráter e fidelidade a Deus (Jo 6.66 e 67);

O valor de um pastor não é medido pela aprovação de homens, mas pela aprovação de Deus. O pastor é segundo o coração de Deus e não segundo o coração dos homens (Jr 3.15);

O valor de um pastor não é medido pelo tamanho de sua igreja, mas por suas qualidades éticas, morais e espirituais;

O valor de um pastor não é medido pelo volume das entradas financeiras de sua igreja, mas por sua capacidade de suprir seu rebanho com a Palavra de Deus. Há pastores que se preocupam com a lã. Há pastores que se preocupam com as ovelhas.

O valor de um pastor não é medido pelo salário que ganha, mas pelo serviço que presta;

O valor de um pastor não é medido por sua capacidade política e de articulação, pois muitas vezes ele deixa de ser “politicamente correto” para permanecer justo e reto diante de Deus;

O valor de um pastor não é medido pelos cargos que ele ocupa na denominação, mas pelo serviço que presta à Obra de Deus;

O valor de um pastor não é medido pela satisfação de seus ouvintes, mas por sua pregação coerente aos valores do evangelho bíblico capaz de transformar vidas. A sua mensagem, ao invés de massagear o ego humano, às vezes desagrada por confrontar o ouvinte com a verdade;

O valor de um pastor não é medido pelo seu poder ou status, mas por sua submissão e obediência a Deus;

O valor de um pastor não é medido por sua autossuficiência. O poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza de homens que às vezes julgamos fracos e incapacitados (2ª Co 12.9);

O valor de um pastor não é medido por sua condição física, mas por sua condição espiritual;

O valor de um pastor não é medido pela quantidade de amigos ou pessoas que o rodeiam, mas sim por seu amor às pessoas;

O valor de um pastor não é medido pelos seus discursos, mas pela autoridade de seu viver (Mt 7.9);

O valor de um pastor não é medido pelo crescimento quantitativo ou não da membresia de sua igreja, mas pelas transformações que suas mensagens geram em seus ouvintes. Há por aí templos cheios de pessoas perdidas, e igrejas pequenas onde pessoas experimentam a salvação em Cristo;

O valor de um pastor não é medido pelo seu poder de empolgar sua igreja ou plateia, pois seu chamado é para pastorear e não para “animar” auditório;

O valor de um pastor não é medido pelas crises que passa ou deixa de passar, mas pela maneira como se comporta em momentos difíceis;

O valor de um pastor é medido por critérios divinos e não humanos.
O pastor é dependente de Deus, e não de homens;

O pastor é homem frágil e pequeno, por meio do qual Deus realiza coisas grandes e extraordinárias;

O pastor sabe que seu chamado é para pastorear e não para gerir empresas; ele não se preocupa com números mas com a saúde de suas ovelhas;

O verdadeiro pastor não se “contextualiza” ao mundo, mas se esforça para tirar vidas do mundo;
O pastor de valor forma valores;

Se você tem um pastor, agradeça a Deus, ore por ele e ame-o!