segunda-feira, 16 de agosto de 2010

40 dias de Jejum e Oração pela família

A família, primeira instituição humana criada por Deus, é, sem dúvida alguma, a célula básica de toda sociedade, mas é também uma instituição divina que tem sido atacada de diversas formas. Se permitirmos que a família seja destruída, e este é o esforço contínuo do inimigo de nossas vidas e almas, toda sociedade se deteriora.

Adultério, infidelidade, divórcio, libertinagem, egoísmo são alguns dos inimigos da família. Está passando da hora de preservarmos e protegermos a família em nossa nação. O momento de agirmos, portanto, é AGORA.

Se cada família cristã estudar, aprender, viver e ensinar a outras famílias os princípios bíblicos, teremos uma sociedade transformada e abençoada por Deus.

E ontem entramos nessa campanha de 40 dias de Jejum e Oração pelas famílias do Brasil. Muitas igrejas de todo Brasil estão participando.

Armando Filho - canta Soberano

Armando Filho participa do 4º aniversário do Departamento de Homens

domingo, 15 de agosto de 2010

Projeto de ampliação do templo





A Igreja esteve reunida neste sábado (14) para discutir o projeto de ampliação do templo central, visando ao melhor aproveitamento do espaço físico, bem como oferecer conforto e acessibilidade aos fiéis.

Serão construídos, em uma área total de 1.781,38 m², distribuída em três pavimentos, os seguintes equipamentos: estacionamento, elevador, banheiros, seis salas de aulas, refeitório, salão de evento e rampas de acesso para facilitar a locomoção dos portadores de necessidades especiais.

Imagens das plantas de ampliação do templo







Clique nas imagens para ampliar



Quem disse que política e religião não se discute?

Imagine que a sua casa está com problemas, digamos, hidráulicos. Para ser mais específico, imagine que o seu vaso sanitário entupiu. Um desespero, uma correria.

Todos à caça de um bombeiro hidráulico, um marido de aluguel, um quebra-gralho, qualquer um que nos livre dessa enrascada. Surge o milagreiro, o santo. Pronto, todos podem, literalmente, respirar aliviados. Cafezinho, um acerto de contas fácil e uma troca de cartões de visita com aquele desconhecido que, a partir de agora, passa a ocupar um lugar nobre na nossa agenda de endereços.

Ninguém perguntou a religião do nosso “convidado”. Não sabemos se ele é contra ou a favor do aborto. Nem se é espírita, macumbeiro ou frequenta as noites de descarrego. Na verdade, nossa procura era “objetiva”: competência, habilidades com escoamento de fluidos e com as mais avançadas tecnologias hidráulicas. E, claro, acima de tudo, experiência.

Por que não fazemos o mesmo quando vamos “à caça” de um deputado, um governador ou um presidente? Nesse caso, saem os critérios hidráulicos e entram os critérios políticos. Simples assim. Nem sempre. Nesses tempos eleitorais, começa a esquizofrenia dos evangélicos: “Ele foi coroinha na infância, andou frequentando terreiros de umbanda e, na semana passada, comungou em Aparecida”. Quase uma autópsia da peregrinação espiritual do candidato de plantão.

No próximo dia 3 de outubro, não vamos escolher pastores ou diáconos para as nossas igrejas. Claro, seria ótimo aliar habilidade e gestão política com espiritualidade. E, aqui, volto ao título da Prateleira. Sim, religião e política se misturam. A nossa prática devocional, as verdades bíblicas, podem e devem nos levar à participação política. Neemias, entre outros, é um exemplo bastante didático: “Quando fui nomeado governador, durante doze anos, nem eu nem meus irmãos comemos a comida destinada ao governador. Mas os governantes anteriores, aqueles que me precederam, puseram um peso sobre o povo [...]. Mas, por temer a Deus, não agi dessa maneira. Ao contrário [...], pois eram demasiadas as exigências que pesavam sobre o povo” (Ne 5.14-18).

É interessante perceber que Neemias sabia que a solução para a má política (dos seus antecessores) é a boa política. No entanto, não precisamos fugir do campo político para buscar o Deus bíblico. Ele está em todas as áreas da vida e, talvez, o nosso desafio seja juntar a ação política com a piedade, a participação no espaço público com o cultivo da espiritualidade, o engajamento com a devoção pessoal.

Se religião e política se misturam, Igreja e Estado, não. Não é papel do Estado promover uma determinada igreja ou religião — o estado deve ser não-confessional —, algo de que os evangélicos se lembram sempre que a Igreja Católica se arvora em ditar usos e costumes para a plebe. Mais, sabemos que amor ao próximo ou castidade não são matérias de governo. Ao mesmo tempo, a ética bíblica e a esperança dos novos céus e nova terra, “onde habita a justiça”, devem nos inspirar naquilo que fazemos hoje.


Marcos Bontempo, editor da revista Ultinato

domingo, 8 de agosto de 2010

O filho que eu quero ter

Saudade do meu velho


Parecia que seria um dia como outro qualquer. Um dia normal, dentro das atividades normais. Levantei-me cedo para levar os filhos à escola e depois encontrei-me com um amigo para levá-lo ao aeroporto. Decidi pegar alguns CD’s para podermos ouvir durante o percurso que faríamos.

A vida nos apronta cada surpresa. Estávamos falando tranquilamente. Conversamos sobre família e, sem perceber, o CD que ouvíamos era “A Luz do Solo”, de Toquinho. Fui levado para minha querida Manaus, minha terra natal, que trago impregnada em mim. Lembrei-me das tardes que ficava deliciando-me com as músicas de Vinícius e Toquinho. Foi neste momento que bateu uma saudade danada do meu “velho”.

Falei ao meu amigo que o “velho” era especial, mas disse-lhe que a minha grande confidente era minha mãe. Ela foi modelo de cristianismo. Mas meu Pai, ah, o “velho” era especial.

A saudade chegou sem pedir permissão. Alojou-se no meu peito e apertou todo meu ser. Deixou-me sem palavras, com um grande nó na garganta...

Minha memória é musical. Tenho músicas para ocasiões especiais da minha vida e para pessoas especiais, e o meu “velho” era muito especial. Aquele jeito brincalhão dele... amigo dos seus amigos. Generoso e uma pessoa que dizia o que tinha que ser dito sem medo. O “velho” era um cara sensacional, alguém que amou do seu jeito, e isto foi complicado no princípio, mas lembro-me do dia da formatura da minha irmã em direito. Ele estava realizado. Já não era o mesmo, estava debilitado por causa dos AVCs, mas falamos e disse-lhe que o seu grande sonho estava concretizado, pois agora tinha um filho formado em direito e ele me disse que ainda havia tempo para eu estudar.

Falei um pouco com o meu “velho” e naquele dia ele falou com a voz embargada que nunca nos pode dar grandes coisas, mas deu-nos o que podia: educação e um nome. Disse-lhe que ele nos tinha dado o melhor. Falei que sentia orgulho de tê-lo como pai. Como gosto de contar suas histórias e ouvir as histórias acerca daquele “velho”...

O CD de Toquinho ficou tocando o tempo todo. Ouvi o CD o dia todo. Ouvi a música com meu filho que se encanta com a musicalidade de Toquinho, mas eu a ouvia recordando aquele adolescente que desfrutava momentos a escutar músicas no seu aparelho 3 em 1. Lembrei daquele menino que sonhava com o seu futuro ao ouvir a canção “O Filho Que Eu Quero Ter”. Imaginava-me como meu “velho”, querendo ser como ele, e hoje olho e vejo que paradoxalmente tudo aquilo que eu negava naquele Velho carrego em mim. Seus gestos e trejeitos. A aparência física e até mesmo a capacidade de falar que ele tinha como um dom natural.

Vai fazer dois anos que meu “velho” dormiu. Parece que foi ontem; tive a oportunidade de dizer-lhe adeus. Saí de Coimbra para Manaus só para me despedir. E pude dizer ao meu “velho” o que diz a canção de Toquinho:

“Dorme meu pai sem cuidado,
Dorme que ao entardecer,
Teu filho sonha acordado,
Com o filho que ele quer ter”

Sonhei antes com o filho que queria ter. Hoje tenho um filho, mas tive a oportunidade e o privilégio de dizer ao meu “velho” que podia dormir descansado, pois nós estávamos bem.

Só espero que meus filhos um dia tenham o mesmo orgulho do pai como eu tive e tenho do meu “velho”, que foi colega de ministério, amigo, pai e acima de tudo irmão.


• Marcos Amazonas,é pastor da Igreja Batista em Coimbra, Portugal.