terça-feira, 20 de outubro de 2009

domingo, 18 de outubro de 2009

O socorro do Senhor

O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra. (Sl 121.2.)

Há duas perguntas soleníssimas. Uma é: “Até quando?” A outra é: “De onde?”
Com a primeira se quer saber quanto tempo vai durar o sofrimento. Com a segunda se quer saber de onde virá o livramento.

O “até quando?” tem ficado sem resposta. Pode durar “um instante” ou apenas uma noite (Sl 30.5), como pode durar “sete tempos” (Dn 4.32) ou a vida inteira. A rigor, a única certeza que se tem quanto à durabilidade da dor é que ela só será plena e definitivamente debelada na plenitude da salvação, cuja ocasião é guardada em segredo (Mc 13.32).

Já o “de onde vem o meu socorro?” é diferente. A resposta está escondida no coração humano desde a criação. Os crentes lembram-se dela constantemente. Os não-crentes só se lembram dela nos momentos de maior angústia e quando não enxergam outro tipo de socorro.

Num dos salmos de peregrinação, os judeus perguntavam quando subiam juntos para Jerusalém: “Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro?” E, em seguida, ofereciam uma resposta corajosa e precisa: “O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra” (Sl 121.1,2).

A mesma pergunta e a mesma resposta fluíram da boca de Paulo, quando ele chegou à conclusão de que o pecado mora dentro dele e guerreia contra ele: “Quem me livrará da minha escravidão a essa mortífera natureza inferior?” (Rm 7.24, BV). A resposta do apóstolo ao seu próprio grito de desespero é tão convincente que ele a apresenta em forma de adoração: “Que Deus seja louvado, pois Ele fará isso por meio do nosso Senhor Jesus Cristo!” (Rm 7.25, NTLH).

Retirado de “Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos” (Editora Ultimato, 2006).

Nossa história

Aliança e União

sábado, 10 de outubro de 2009

O protetor que jamais se omite

Ele não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta. (Sl 121.3.)

Pedras ao longo do caminho não faltam! É muito fácil tropeçar e cair. Tiago não esconde que “todos tropeçamos de muitas maneiras” (Tg 3.2). A possibilidade é tal que “ao meio-dia tropeçamos como se fosse noite” (Is 59.10). Ao mesmo tempo é importante não tropeçar. Segundo Jesus é melhor perder um dos olhos e uma das mãos que tropeçar e cair (Mt 5.29,30).

À vista de tudo isso, a mensagem do salmista é por demais alvissareiro: “[O Senhor] não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta” (Sl 121.3). A tradução da Bíblia Hebraica é mais explícita: “Ele não permitirá que resvale o seu pé, pois jamais se omite”. O cântico de Ana já havia dito isso: “[Para não caírem] ele guardará os pés dos seus santos” (1 Sm 2.9).

Existe um consenso sobre essa proteção da parte do Senhor. O apego de qualquer pessoa à sabedoria, como atributo de Deus, dá a ela o privilégio de seguir o seu caminho com firmeza, livre de um eventual tropeção, “pois o Senhor será a sua segurança e o impedirá de cair em armadilha” (Pv 3.26). O Senhor é aquele que vigia a sua vinha, isto é, o seu povo, regando-a constantemente e protegendo-a dia e noite “para impedir que lhe façam dano” (Is 27.3).

Quem sabe Paulo tenha se inspirado no salmista para afirmar: “Deus é fiel [e] não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar” (1 Co 10.13).

É possível reunir e resumir todas essas promessas de proteção na advertência mor: “Eu sou a videira; vocês são os ramos. [Assim] sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (Jo 15.5).

Retirado de “Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos” (Editora Ultimato, 2006).